O fato de ignorar.

By Dani G. - terça-feira, abril 03, 2012

Começou pelo mais difícil de todos. Ignorar sua paixão. Pois é, muita atenção e importância sufoca; Além de machucar e iludir. O seu — não tão novo  — lema era "foda-se", simples assim. Ele não a cumprimentou? A cumprimentou? Passou reto? Conversou? Se importou? Bom, não importava, pois a resposta era a mesma: "foda-se". Precisa de um pouco de gelo para esquentar seus sentimentos naturalmente... Ou não né? Nunca se sabe!
O próximo passo, foi ignorar aquilo/aqueles que te faziam mal. Invejosos, interesseiros, falsas amizades. Afinal, se  conseguiu ignorar sua paixão, porque não conseguiria ignorar esse tipo de pessoas? Obviamente, parecia mais fácil. Porém, algumas falsas amizades até alguns segundos atrás foram  — Ou pelo menos pareceram ser — verdadeiras e importantes. Ignorar era difícil e não ignorar seria também, por causa do orgulho que há dentro de si. Nesse quesito, o orgulho ajudou... a ignorar.
Dois passos feitos com sucesso, um pouco de dificuldade, mas feito. Tudo havia mudado. Gabriella pensou que desde estes passos ficaria solitária e isolada, e viriam guerras e complôs contra ela. Foi completamente o inverso. Novos amigos se aproximaram,
e antigos se aproximaram mais ainda! Havia um complô, porém um complô de amizade, de coisas em comum, entendimento, pureza, sem julgamento. Sabe aquela garota com que ninguém conversa? Todos julgam? Olham de cima a baixo? Gabi passou a conversar com ela. A via com outros olhos. E todos passaram a ver Gabi com outros olhos também, por falar com ela.
E a sua paixão? — Vocês devem estar se perguntando — melhorou, muito, muito e muito. De uma maneira surpreendente , pois Gabriella vivia com seu pessimismo, e nessa situação não deixou de ser assim, imaginou do mal a pior. E foi uma das poucas vezes que se surpreendeu com o seu pessimismo — com sua falha. Gustavo passou a sentir sua falta, enquanto ela o tratava como se nada em relação à ele importasse.
Quando o efeito da saudade começou, as atitudes vieram juntas. Como essas situações:

Primeira situação.

Gabi está andando pelo corredor da escola quando se depara com o Gustavo e iria fazer como sempre, passar reto. As começar a fazer isso, ele grita seu nome.
 — Gabi! Oi né? — Oi! Falando comigo? — Hahaha. BOM DIA GABI! — Gritando no meio do corredor — Melhor? — Com aquele sorriso de lado cativante. — Com certeza! Mas e aí? O que me conta? — Conversa vai, conversa vem como nunca aconteceu antes. — E a festa? Nem sentiu minha falta né? Hahahaha. Tudo bem — Gabi rindo e fazendo birra boba. — Para! Lógico que senti, vem cá, me dá um abraço! — Ela o abraçou, e que abraço gostoso! Ainda mais sendo dele. E mais e mais assuntos como nunca. Até que um momento um amigo resolveu caçoá-la. — Nossa hein Gabi?! Isso aí! — Ela ficou um pouco brava por dentro, mas ao ver a reação do Gustavo, passa. Ficou bem vermelho e envergonhado.
Segunda situação.

Ela esta no pátio, na hora do intervalo com suas amigas e se inscrevendo no projeto de música do colégio — que era um sufoco, uma lutra para conseguir vaga aonde quer que fosse. Aquele dia se sentia querida por suas amigas. E ao estar andando pelo pátio ouve um grito pelo seu nome.
— Gabi! Depois diz que eu não falo com você, e  passa reto né? — Provocando e rindo.
 — Eu não te vi, juro! Desculpa. — Ela chega perto e começa a conversar. Conversa sobre o projeto, e descobre que os dois estarão no mesmo grupo. Então conversa com ele e seus amigos.
 — E a piada? Não vai fazer eu rir? — Lança o desafio novamente, porque ela queria ouvir sua risada.
 — Desisto! Não consigo! Nem sei piada! — E começou a falar sobre isso e a fazer com que os amigos dele o fizessem rir. Até mesmo dizendo dar duas pratas a quem conseguisse.
A conversa estava boa e sua amiga a puxa para outra inscrição do projeto, que estava para esgostar, e os dois só gritam "Tchau!"

As coisas melhoraram não?

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