Os bobos, bestas elogios.

By Dani G. - domingo, abril 27, 2014


Era algo que nem todo mundo entendia. Os elogios ao extremo não soavam tão bem como elogio, mas os "xingamentos" soavam. Ah, era o amor do século 21. Nada de "querida, fofa, lindinha" e seus amigos elogios. Parecia mais mágico, mais bonito e mais como elogio coisas como: boba, besta, retardada, troxona, louca, teimosa. Pra certas pessoas isso seria um dos piores xingamentos, mas para esses simples jovens eram mais do que amor. Achavam tão tão forçado esses elogios ao extremo. Logicamente havia um elogio ou outro que faziam disso mais amor, mas não se fazia só deles. Não se perceberia amor com um "querida", mas sim com "ai, como você é besta" "para de ser retardada", dando um sorrisinho tímido de lado. Brincadeiras eram o ápice dessa paixão, carinho, e amor. Soava mais natural, mais real e menos idealizado. Afinal, qual a graça de ser perfeito o tempo todo pro outro? E se o perfeito ser ter defeitos? Amar os defeitos e transformá-los em elogios, essa geração fez um bem e tanto nesse quesito!
Ouvimos dizer por aí de nossos avós e até pais, como era tudo tão diferente quando eles eram jovens. Mas não seria uma coisa boa ter mudado tanto? Mulheres e homens se tratando igualmente, ou pelo menos tentando... A onda, a massa da sociedade estando tão focada num machismo desnecessário, não haver tanta conversa. Hoje há. Há conversa. Machismo? Ainda tem, mas é tão mais leve. E é leve por causa dessas besteiras que antes eram vistas como coisa séria. A leveza que o amor pode ter. Não há casamentos arranjados, a beleza e a riqueza não é mais importante do que caráter e sentimento. Manter as aparências e pensar tanto no que os outros falam, não é mais tão importante. Há regras, há exceções. Mas a liberdade possível agora é um caminho belo pela frente, pelo o amor, do jeito que quiserem amar, do jeito que quiserem lidar com elogios ou pseudo-eles.

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