Think & Overthinking

By Dani G. - quinta-feira, abril 17, 2014


"I'm friends with a monster that's under my bed
Get a long with the voices inside of my head You trying to save me Stop holding your breath And you think I'm crazy, yeah, you think I'm crazy"

Acho que todos já estavam cansados de saber e ouvir a mesma história. Aquela mania destruidora de Bianca. Começando pelo passado, ah, que prazer insaciável era pensar no que poderia ter sido. "Ah, se eu não tivesse atravessado a rua aquela hora" "Se não tivesse feito tal escolha" "Se não tivesse desistido de certas coisas que devia ter persistido" e se... E se, e se. E se! E se? Era só isso que passava em sua cabeça. Valeu a pena chegar até aqui? Muitas escolhas pareciam tão tão mais com tropeços que de repente lá estava ela com a cara no chão, que aqui poderíamos chamar o chão de situação. Puft, do nada, lá estava ela. A vida é feita de ganhos e perdas. Mas será que o que estava ganhando era mais valioso de tudo que perdeu no caminho? Ah, ainda pensa em Buenos Aires. E pensa com tanto carinho, e raiva ao mesmo tempo, se chamando de covarde por ficar com o pé atrás. O pé atrás deu ganhos, no mínimo. Queria poder se desafiar mais, queria se sentir mais livre. Jogar tudo pro alto e dizer "É isso que eu quero, e vou fazer o que for preciso, e passar por cima de todos por isso". Hahaha, mas nessa jornada toda de ser uma pessoa tão determinada e ousada, o sentimentalismo a prendia. Talvez, ela mesma se prendia de fato.
Mas não pensava só nisso, pensada no futuro também. É, já perceberam né, só pensa pensa pensa e pensa. Viver o presente, o agora, era tão difícil, pois estava pensando em como seus planejamentos iam dar certo. Pensava na sua morte. É, de novo. Estava num tratamento, indo num psicologo pra tratar essas questões difíceis. Queria saber qual a razão de viver, se é pra morrer? Qual a razão de viver se tanto se sofre, e pouco se diverte. Se muito se trabalha e pouco se aproveita.  Tinha uma certa revolta do mundo e suas padronagens. E suas idéias impostas, quase pregadas no cérebro de cada pessoa que nasce. Pensava com si mesma, será que daqui seis meses, um ano, vou estar como minha expectativas filhas da puta (me desculpem o palavreado) tanto me fazem sonhar? Será que vou tá feliz? Vou estar num trabalho que não seja tão escravo, como 10 horas de trabalho e trabalhar nos dias que supostamente deveriam ser de descanso? Será que vou ter uma família? Uma casa com ela? "Vamos viver o agora" todos a diziam. Mas queria no minimo saber se um por cento do que pensa vai dar certo. Pois suas expectativas e pensamentos, mais a derrubaram do que motivaram. O que mesmo assim, não a deixava de pensar pensar pensar, até explodir de sentimentos dentro de si mesma.

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1 comentário(s)

  1. Texto profundo Dani, como todos os seus textos, mas este tem bem a ver comigo neste momento... Acho que todas as pessoas sensíveis, de certa forma sentem-se assim...

    Think e ovethinking mesmo...

    Parabéns pelo texto...

    bjo

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