Aquela garota parecia perdida em meio a multidão. Seria ela a última a amar? Amar por amar? Sentir do fundo de suas entranhas? Queria estar junto, mesmo distante. Entendia, compreendia, se adaptava e não escondia o que sentia. Soa assustador para esse novo mundo que vivemos, de fato.
No meio do amar demais, aceitava qualquer desafio. O que os outros viam como problema, ela, via como oportunidade e aprendizado. Marcela era viciada em conhecer pessoas, histórias e experiências. Ela queria viver pessoas, histórias e experiências... Afinal, que mal há nisso?
O que era visto como defeito, para ela era a maior das virtudes. Só tinha o desafio de achar quem pensasse e vivesse igual ela. E sinceramente, que desafio! Alguns pareciam ser como Marcela, mas em pouco tempo cediam a maioria e amavam de menos.
Problema?Adeus. Defeito? Diferenças? Passo. Intensidade? Calmaria? Não é do jeito que eu queria.
Enquanto os outros esperavam um amor fabricado, da maneira que desenharam em seus sonhos e corriam facilmente do que não fosse, e principalmente corriam uma maratona da vulnerabilidade... Marcela queria um amor. Apenas um amor.
De fato, ela estava cansada de procurar e não procurar, achar e não achar.
Mais uma vez, estava ela se preocupando e chorando por um rapaz que deveria ser nada demais. Amou demais, não foi amada. Se entregou demais, enquanto o outro cansou da entrega. Se machucou demais, e o outro nem devia saber o quanto a machucou.
Palavras machucam, a falta delas também.
A ultima garota que amou demais irá sobreviver ou ela está neste momento preste a morrer?
