Dormi. Abraçada ao meu travesseiro. Queria um abraço qualquer. De qualquer pessoa, só queria um abraço.

Me senti acolhida em palavras em meio ao caos e em certa distância. Porém, senti distância. Tão acostumada a sofrer calada, seu "nao" me doeu e eu apenas não disse nada. Eu que queria tanto a solitude, nesse dia a solidão me doeu. 

Eu que era tanta razão, cautela e paciência só queria saber de emoção. Sentir. Não parava de senrir, do mais profundo âmago do meu ser.  E como uma criança desprotegida e amendrontada, só queria um colo. Um lugar quente para me aconchegar. Invés disso me esquentei com meus próprios pés, mãos e corpo como um todo. Foi desafiador, mas não foi o primeiro nem o último que passara em sua vida.

Queria um respiro. Alguns segundos sem ser forte. Queria ser cuidada.

Sua criança interna foi friamente ferida e machucada.

 Aquela garota que costumava ser tão pé no chão e até mesmo um pouco pragmática no assunto relacionamentos, dessa vez decidiu variar, fluir e voar. Pediu ao garçom da vida uma dose de impulsividade, e parece ter ganho uma dose de equilíbrio e intensidade com gotas de paixão, e que gotas! Aquelas gotas que davam o sabor marcante e suave daquela dose.

De repente, num sábado a noite qualquer (ou não tão qualquer assim), ela, que estava do outro lado da cidade de São Paulo, se viu num uber, com o coração na boca, sorriso de lado e olhos brilhando intensamente junto de suas bochechas coradas... tudo para encontra-lo. 

Eles se conheciam, se conheciam de verdade, já haviam nadado na essência do outro, mas estavam apenas no raso curtindo o sereno desse mar. Queriam e deviam se jogar, queriam e deviam andar mais no fundo desse mar. Eis, a oportunidade, ela se jogou. E ele? Se jogou junto dela? Ou ficou apenas observando para ver se Rebeca se afogava? Seria seguro ir tão fundo, tão rápido? Ele se indagava.

O fundo assusta, mas é belo. O raso é seguro, mas qual a graça da segurança? Não eram mais crianças para se divertir no raso, com as águas apenas nos pés e fazendo castelos de areia. Queriam sentir as ondas em seus pés, cinturas e quem sabe até acima disso. A ressaca do mar. A ressaca do amar e se apaixonar.

A primeira troca: Troca de olhar. Toque. Arrepios. Suspiros. Abraços e amassos. Lábios se encontram suavemente e se beijam intensamente. A ressaca é um risco, e nesse caso, não havia porém algum em se arriscar.

Capitu era conhecida pelos olhos de ressaca, ele, por seus olhos de Sonserina.

 Por dentro de suas entranhas havia dor, sofrimento, confusão. Parecia difícil demais olhar para aquilo, observar, se adentrar de forma profunda em si... De fato mudar. Havia tanta culpa. Maurício se indagou, qual o caminho mais fácil e menos doloroso? O caminho de esquecer, se abster. O caminho da vítima. O caminho sem culpas internas. De mentiras, convenhamos. O caminho da culpa do outro.

Para quê continuar me machucando, se já tenho tanta dor e sofrimento? Maurício pensava.

Por quê não machucar o outro? Culpar o outro? E viver essa falsa vida e história que criei pra mim mesmo. Uma hora ela vira verdade, nem que seja em sua cabeça.

Eu sei tudo. Eu sou tudo. Eles não sabem nada. Eles não são nada.

De uma pessoa cheia de dor vira uma pessoa cheio de ego. Que horror!

Mas será mesmo que essa mentira não fica escancarada na face de cada ser que passa pela sua vida?  E passar, não só de maneira profunda... Tanto seres que (tentam) ter algum tipo de relacionamento e profundidade com Maurício, conhecê-lo de fato, quanto alguém que passa ao seu lado no meio da rua e observa a verdade dentro do seu olhar seco. Não um olhar seco qualquer, mas olhar seco, porque ali se forçou a não ter lágrimas, e não sentir. Elas foram secadas.

Por isso pergunto: Será que em seu olhar e seu jeito de portar não fica nítido a dor e as lágrimas que são recolhidas dentro de si e dentro do âmago do seu ser? Suas sobrancelhas arqueadas de forma que tenta esconder, mas não esconde. Seus passos largos e pesados que demonstram raiva e até um pouco de confusão. E a sua pressa?Ah que pressa! Pressa de quê? Pressa de viver a vida? Pressa de se perder nela? Pressa para que acabe para que junto dela acabe todo esses sentimentos e ser você?

De repente Maurício mentiu tanto pra si que acredita que tudo aquilo seja verdade. Se vê num beco sem saída, andando em círculos, e não consegue sair. Ele até grita, mas não pode ser ouvido, pois ele mesmo fechou todas as janelas e portas de forma que ficasse preso e inaudível. Não queria se ver, se ouvir, e os outros não podiam também. Dor, dor e mais dor.

... Mas a culpa é do outro.

Olha para trás, olha para o seu processo, toda merda que já passou, superou, venceu e tá aqui, firme e forte, brilhante. Você além de uma vencedora, é uma sobrevivente. Sobreviveu a tenta violência, tanta dor e mágoa. Se lembre da dor que os homens já lhe causaram. O quanto já se paralisou e se encontrou no fundo do poço. Dor física. Dor psicológica. Dor da alma.

Você viveu cinco anos de sua vida lhe foram arrancados. Viveu a vida do outro, para o outro. Achou que era amor, e pobre inocente se afogou num rio cheio de dor. Aguentou gritos em meio a eu te amos, suportou ofensas dentro de “é só um brincadeira, você não tem senso de humor”, chorou calada enquanto tremia ao ver acessos de raiva e socos na parede. Confundiu cuidado com amor ao ser controlada pelo outro. O outro controlara o seu dinheiro, a sua forma de andar, agir, sorrir e ser. Controlara com quem anda, fala e o que fala e como fala.

 Se via presa num beco sem saída, num poço sem fundo, num labirinto confuso. Como se libertar? Como se libertou? Mas se libertou...Respira, garota! Você é potência, e que potência!

Pensa no hoje, no que conquistou, com sua garra, com seu suor. Não foi nem um pouco fácil chegar até aqui, mas chegou.

Hoje esbanja de amor e do melhor amor do mundo, o amor próprio. Conquistou sua liberdade, sua independência, a sua casa. Recuperou sua confiança, sua leveza e seu brilho.

Eu sei que não gosta de usar a palavra gratidão pois tem sido tão mal usada e banalizada, mas de coração te peço: Seja grata todos os dias. Não é qualquer mulher que sai de cabeça erguida do que você saiu. Voa alto, garota!

 São três e meia da manhã, e aquela garota desperta, decidida. Quem faz algo na madrugada que não seja impulsivo? Esse pensamento deve passar pela sua cabeça,ó caro leitor. Mas nunca esteve tão sã e consciente de si e seus atos como naquele momento.

Respirou fundo, teve uma última lembrança boa de ti. Passou o filme dos bons momentos em sua cabeça, se permitiu sentir um pouco de tristeza e vazio, mas no fim sentiu paz por ter acabado, por escolha dela dessa vez. C'est fini! 

Justa que é, após esse momento de lembrar da parte boa, se lembrou do que não era tão agradável assim, a forma como foi tratada, como terminou, a confusão desnecessária, a falta de diálogo, de maturidade, de responsabilidade afetiva e reciprocidade. Idealizar às vezes é uma merda! Aquela garota se perguntava se a parte boa era idealização, ou realmente existiu, mas a verdade é que isso já não tinha mais importância alguma.

Pegou as suas coisas que estavam em seu apartamento e começou a embalar. Com ternura, com carinho e em paz. Não faria isso com raiva, e se fosse nesse estado, não seria o momento certo. Deixou tudo preparado para na manhã seguinte, assim que as atividades dos correios começassem ela estaria lá, para devolver suas coisas. Escreveu seu nome pela última vez, pois não queria mais escrevê-lo, nem falá-lo, e muito menos pensar a respeito. Seu endereço, que trazia lembranças do que viveram naquele apartamento. E fechou a embalagem e escondeu essa situação dentro de um baú dentro de si que não gostaria de abrir tão cedo.

Dói, é óbvio que dói. Mas estava grata por ter doído por tão pouco tempo, imagina se durasse mais tempo essa mentira fantasiada de amor verdadeiro e maturidade emocional? Arranquei o bandaid de uma vez, a ferida sangrou.

Era escritora intensa que amava escrever suas crônicas no auge dos sentimentos. Não se arrependera pelas crônicas de amor, paixão e tesão feitas para você. Em breve, será uma lembrança distante.

O fim. A paz. O respiro.

Agora, aquela garota poderia viver sua vida. Continue o voô.

O problema não está naquela bela donzela em ter a coragem de ser vulnerável e ter sentimentos profundos e verdadeiros por alguém. A beleza daquela garota era justamente essa... Ser do avesso e tão doce num mundo que pode ser tão cruel e raso.

 Hoje eu não quero dormir sozinha. Será que consigo dormir em paz depois de estar machucada há alguns poucos dias? Poucos dias que na minha mente, parecem muitos. Longe de mim soar dramática, mas no tempo livre choro e sinto falta de você.

Talvez o meu maior defeito seja a falta de orgulho e abundância de carinho e amor. É tão difícil não sair correndo pros seu braços e abraços, gritando o quanto te quero, o quanto faz falta, vamos conversar? Não tem que ser assim, não tem porquê ser assim, sabe? Tão difícil dar o braço a torcer e esperar o seu tempo de perceber o seu querer pelo meu ser.

No fundo a gente sabe, fomos impulsivos. Decisão tomada, sentimentos ignorados. Quem a gente queria enganar? Como se o sentimento fosse embora com essa decisão, no mínimo, estúpida. O sentimento cresce, a saudade floresce e o querer continua aqui.

Que medo é esse de sentir? Que medo é esse tão grande que mente pra si? Quando vai voltar e estarei nos seus braços?

Essa noite, eu queria dormir com você. Essa noite, apenas, por essa noite, queria você. Nem que fosse a última noite que eu pudesse ter.

 Quando vou me perder no seu corpo novamente?

 Eu quase desisti de você, ainda bem que não desisti e que havia uma pontinha de esperança sussurrando em meu ouvido: “você não pode fazer isso, dê mais uma chance”. Louco, mas magicamente essa “chance” fez a diferença.

Sinto o gosto da leveza em seus lábios quando te beijo. Sinto a presença e o tato da fluidez a toque, abraço e carinho. Enxergo tranquilidade e me perco apaixonadamente no seu olhar terroso, profundo e até com um quê de misterioso. Sinto paz, segurança e aconchego no seu cheiro. Todas as suas facetas me trazem um combo de sentimentos e sensações novas para mim,

Talvez seja ainda cedo para você, mas na teoria já somos mais do que pensa. A prática diz outra coisa.

Te... (complete como sentir).

Com você, sinto que tenho ganhado na loteria, depois de alguns anos perdendo em jogos de azar. Mas me indago, é sorte ou merecimento esse amor tranquilo? É sorte ou amadurecimento? Sorte ou equilíbrio? Equilibradamente apaixonada, tranquilamente apaixonada, apaixonadamente em paz... É o que eu tenho com você, e a partir de agora é apenas o que quero ter. O que mereço ter. “ Aceitamos o amor que achamos merecer.”.

Aquele romance em que existe mais “obrigada” do que “ desculpa”. Um lugar seguro. Um aconchego. Seja longe, seja perto. Seja falante ou no silêncio confortável... Fazemos nossa paz e descontruímos e reconstruímos o que é esse tal de amar e se relacionar.

Depois de bater tanto com a cabeça na parede, meu prêmio foi você. Nada mais justo né? A sorte de nos ter e manter. Leve como a brisa. Quente e aconchegante como nossos corpos em conjunto. 

Hoje nem chego perto de jogos de azar, após provar o sabor dessa loteria libriana.

Ela é intensa, ainda mais com paixões, mas dessa vez está tentando ter os pés no chão. Segura essa intensidade garota! Você esqueceu que também tem medo de se machucar? Excessos nunca são bons, ainda mais essa coragem que nasceu dentro de ti recentemente. Coragem que dá orgulho, com razão, a coragem de ser vulnerável e de se deixar amar. Mas esse combo com a intensidade não parece dar uma final leve e pleno como espera.

Dá pra ser bom sem intensidade! Dá pra ser intenso em medidas e momentos certos. O quão dificil é se aterrar a ponto de diminuir expectativas, rótulos e apenas deixar fluir? 

Lembra a promessa que fez a si, de que não queria e não iria mais enlouquecer e se perder de amores, mas sim ser saudável no amor e se encontrar de amores? A intensidade não lhe cabe. A paciência sim, um desafio, convenhamos.

Viver um dia de cada vez. Viver o momento. E se não for, e se for? Tire os ses do seu pensamento. Apenas vive. Aqui, um novo ciclo, um novo ser: me aterrando em vales de paciência.

 É tão leve, é tão bom que apenas não quero que acabe... Apesar de ter total conhecimento de que tudo nessa vida acaba, até mesmo o que chamamos de vida. Quero sentir, sentir cada momento, cada segundo, cada toque. Sentir a leveza enquanto existir e me pegar sorrindo ao lembrar.

A fluídez do ar. A estabilidade e raíz da terra. Equilíbrio. Tão único. Como se fosse a primeira vez, mas talvez de fato seja. A primeira vez que aquela situação lhe acontecia, daquela maneira. Longe de mim ideais românticos, não é disso que se trata. Se trata de curtir pela primeira vez, algo saudável e que lhe faz bem. Apenas parar de achar que afeto vem de intensidade, drama e sofrimento.

Dessa vez, tá tudo bem... Tá tudo certo se concretizar algo maravilhoso e duradouro, e tá tudo bem se também não. Tá tudo bem se rolar até daqui cinco minutos, porque cada momento foi leve, saudável e gostoso. Já há de ter dado certo só ter vivido isso.

Será que essa garota alcançou algum nível de iluminação consigo? Amor próprio? Maturidade? Ou apenas está vivendo as coisas como elas são e da melhor maneira possível?

Eu estou exatamente onde queria estar, mas a pergunta é: Por que apenas não consigo aproveitar? Aproveitar o presente, cada momento. Estou extremamente feliz, mas por que não me permito de fato sentir essa felicidade? No fundo, me sinto culpada? No fundo, sinto que não mereço?

Tenho total consciência da minha felicidade e conquistas, mas não tenho sentido e vivido de verdade esse sentimento. Há suspiros de felicidade e plenitude no meio do caminho, mas não sinto meu coração explodir de sentimentos como antigamente. Talvez só tenha aprendido a ser uma pessoa menos intensa e dramática... Ou talvez sofri tanto, e as coisas já deram tão errado que meu senso de merecimento ficou completamente deturpado.

Estou vivendo uma vida saudável, na medida do possível claro, estamos num caos, numa pandemia! Mas estou vivendo a vida saudável que tanto almejava, por que apenas não sinto e vivo isso, invés de mergulhar nesse mar de ansiedade pelo futuro e pelo o que virá? Nem sei meus objetivos e sonhos futuros porque o agora está tão bom.

No agora, descobri o amor próprio da forma mais pura e abri meus olhos sobre situações e pessoas que não me cabem, e diga-se de passagem, não era pra caber em nenhum momento. Trabalho com o que eu amo, sou apaixonada pelo meu trabalho. Busco o conhecimento e amo isso, apaixonada pelos estudos. Independente, com a sua casa, seu dinheiro, seus gastos, e brinde ainda estou ganhando uma paixão saudável que me expande sem tirar minha essência.

Essa garota está em paz! Mas por quê? Por que não se permite sentir essa paz?

 Você tem medo da palavra, eu entendo. Parece que quando sai da nossa boca, fica mais concreto, mais sério e essa seriedade requer muita responsabilidade. Mas convenhamos, nas atitudes, nos gestos, no dia a dia e até em outras palavras e nas entrelinhas essa palavra tão amedrontadora já está em prática há muito tempo.

O medo de ser impulsivo, os traumas por trás da sua pessoa e suas histórias andam de mãos dadas contigo a cada passo. Responsável, até demais. Confuso, mas poderia ser um pouco menos. O seu medo é compreensível, mas já me sinto grata e especial de ter tido a abertura para entrar na sua vida em meio a tantos espinhos.

Te observo, e cada vez que observo te entendo um pouco mais. Pra que a palavra se já está tão óbvio? Pra que rótulo se o presente está sendo de fato um presente? Pra que insegurança, se a segurança do hoje já é o suficiente? Não temos controle de nada, então por que vivemos tanto no futuro, no e se, num mundo cheio de histórias e planos, se perdendo nesse mundo, quando é tão mais gostoso se perder no aqui e no agora, entre eu e você?

Eu tô aqui pra dizer que isso é amor, e só você não vê.

É só chegar um pouco perto, que qualquer um percebe o que há entre eu e você.

 No meio do clima chuvoso de São Paulo de repente tudo tinha gosto de saudade. Não uma saudade que machuca, mas aquela saudade que conforta, esquenta o coração e atrai sorrisos a cada pequena grande lembrança. Conforta pensar que tive a  sorte de viver esses momentos que agora só são lembranças. Conforta a leveza e aquela certeza - apesar das incertezas - de que haverá reprise dessa história que mal começou.

Já sentiu que a saudade era tão presente, que o gosto de saudade estava em cada pequena coisa? São gostos e cheiros definidos por essa saudade de você. Saudade do seu cheiro, do seu gosto, do seu toque, do seu calor. Nosso calor. O equilíbrio entre o meu corpo frio e o seu corpo quente se esquentando na cama, nos abraços, nos beijos e laços profundos entre seres.

O quão louco é dizer que penso em ti todos os dias? Até nos dias mais corridos, me vem na mente, nem que seja por dois segundos. Me alegra, me faz sorrir. Seria ela muito otimista em meio esse caos, pensar que vamos reviver essa história que mal começou?

Não vejo a hora de matar essa saudade de todas as formas possíveis com você. Todas as formas lindas que já conhecemos. Te conhecer e reconhecer. Te querer. Leve, lindo, solto. Só quero ter a chance de me perder em você novamente. Me perder no seu corpo, no seu ser, na sua mente, nas suas profundezas. Quando vamos finalmente nos perder no outro a ponto de só o presente existir?

“Hoje eu falei

Pra mim

Jurei até

Que essa não seria pra você

E agora é” 

She deserve it finally to be happy. She deserve it so many things that was happen in your life. It is unusual and crazy, but she is genuinely happy and in peace, despite the chaos. Actually learning everyday with the chaos. Finding the balance ... Finding yourself in the moment.

It is simple, more than she can imagine. It is passion. It is love. It is present, a gift. A gift of the present.

She can feel in the deepest of their heart. Now she feel. Before she was just paralyzed by the life.

Let it flow and live the moment, because she deserve it to live... Actually live.

I can't, i just can't stop thinking about you.

Sinto no fundo do meu ser e das minhas entranhas como se estivesse aqui, comigo, ao meu lado, por cima, por baixo, por dentro e por fora. Está em mim. A sua gostosa energia e essa sensação de você que toma conta. Sinto o calor dos seus braços, do seu toque, da sua língua e lábios passando por todo meu corpo e arrepiando até o ultimo fio de cabelo. Sinto além do físico, o físico me parece o básico. Fecho os olhos e meu coração acelera de tesão e de paixão.  Essa energia que expande.

Ah, como as lembranças chegam a ser cruéis em momentos que só queria viver do presente que é ter você. Ter no sentido de querer. Querer explorar. Explorar sentidos e sentimentos, descobrir no outro um pouco de si, descobrir em si um pouco do outro. Essa loucura no meio do caos que estamos explorando e (re)descobrindo.

Intenso. Muito intenso. Me agarra. Me pega. Me arranha. Te beijo, te provoco, te lambo. Eu gemo, você sussurra. Os sons, gostos, sentidos e visões não saem da minha cabeça. Que sensação deliciosa é essa? Nossos corpos nus entrelaçados. O equilíbrio, o frio e o quente que cria o calor mais improvável, porém pega fogo. E que fogo! Fogo de dentro pra fora, de fora para dentro. Será que só eu me imagino pegando fogo com você?

Distância. A (in)constância do desejo.

Quem diria que o universo poderia alinhar duas almas num mesmo momento? Ela faz perguntas sobre o mundo e sobre si, questionadora, acredita no universo e suas energias, adora uma reflexão e uma filosofia. Ela está sempre em busca pelo conhecimento. Ele? Ele lê Kant, Hegel, Reich. Questiona tanto quanto aquela bela garota. Conhecimento e autoconhecimento está estampado em sua face. Tira tarot, entende de astrologia e ouve o universo.

 “Esses dias eu estava lendo Kant”, “Seu ascendente em capricórnio tá alto hoje, hein?” “Nossa que livro lindo, olha isso”. Frases como essas são mais comuns do que se parece em cada dialógo desse possível futuro casal (ou será que já se pode dizer casal?). Por trás de todo olá tem uma reflexão, um questionamento ou senão apenas trocas sinceras de verdadeiro carinho.

 Aquela garota nunca havia tido a sorte de se sentir tão em paz com alguém, em paz e compreendida, em paz e sendo si na sua forma mais gentil e verdadeira. Tão bom ser si mesma com alguém, e tão bom encontrar alguém que seu si está alinhado ao seu. Acho que o universo caprichou dessa vez.

 Mas também depois de tantos machucados, feridas e cicatrizes na vida daquela garota, ela merecia um aconchego de verdade. Merecia paz.

 Não soa loucura uma noite mudar completamente a sua vida? Na verdade, não foi apenas uma, foram um pouco menos que dez, mas desde a primeira já havia me transformado.

Não soa estranho ou raro sentir desde o primeiro segundo que aquele ser transformaria sua vida? Ela já sabia. Obviamente há medo por trás desse sentimento, porque ouso dizer que aquela garota jamais havia se sentido daquela maneira, em nenhuma situação, com ninguém.

Já visualiza o futuro, apesar de completamente incerto. Mas a incerteza lhe dá certezas. A distância lhe dá esperança e intensidade. É intenso, mas ao mesmo tempo leve como vento, fluído como ar. O que esperar de dois signos de ar, não é mesmo?

Cada dia aprende mais e mais sobre entrega, e nesse romance escolheu apenas se entregar. Entendeu e (re)aprendeu a ser vulnerável e deixar ser ao lado de alguém. Ser você, ter a liberdade ser quem é, sem amarras, sem olhares tortos.

Não são apenas borboletas no estômago, é um desejo ardente que se passa no coração, um calor, um fogo, um ardor. A energia toma conta de todo seu corpo, de toda sua mente. Agora, vive apenas de lembranças, não apenas meras lembranças, mas a melhores lembranças que se possa ter. Aquela garota quer construir cada vez mais lembranças contigo.

Sentir. Seu cheiro. Seu toque. Seu corpo. Entrelaçados. Almas conectadas. Soa maluco, mas no fundo não parece ser. Parece ser ideal, tudo encaixado, está tudo no lugar. Está tudo onde devia estar, e funcionando da maneira que deveria funcionar.

É instigante estar no processo e no caminho de te amar. É intenso. É o que é, da melhor maneira que possa ser.

O ponto alto foi ter te conhecido e estar te conhecendo cada dia mais.

 Estou cansada. Cansada de pessoas com medo, paralisadas por si mesmas, presas por sua mente, medo de mudar, medo de se jogar, medo de amar, medo de viver. Exausta. Exausta daquele que com a energia parada, que arranja as melhores desculpas para não ser a melhor versão de si. O bom está sempre ruim, o ruim está sempre pior. Nada é o suficiente. O si não é suficiente. Se sabota, se engana, e acredita apenas na sua própria mente.

Quero fluir, deixar ir, deixar ficar, deixar acontecer. O controle? Pra que? Houve algum momento que tivemos menos descontrole do que o agora? Não percebeu que não temos controle de nada? Do que adianta tentar controlar se só trará sofrimento e dor? O sofrimento é inevitável, mas o que faremos com ele?

Quero flutuar, sentir a fluidez como se fosse o ar. Quero brisas ao meu redor que consigam seguir essa fluidez. Descontrole. Liberdade.  Responsabilidade de saber quem é e buscar se conhecer. Rumo ao autoconhecimento e fluidez.

Apenas tenho medo de me amedrontar e cair no poço da ignorância de negar o autoconhecimento.