Pequenos grandes detalhes.

By Dani G. - segunda-feira, março 11, 2013




Havia comparações no seu cérebro e coração, entre "A" e "B". O garoto que dizia que amava, sentia e movia montanhas comparado ao que devia faltar na parte "amor/amizade" , pois esses deviam andar juntos como um casal. Ah, então Renata e o tal garoto eram um pseudo-casal? Isso era o que ela tinha medo de descobrir.

Eram vários versus em sua cabeça, A x B. Ver uma chuva, quase enchente, com Renata doente e não oferecer  um guarda-chuva ou arranjar um, fazendo com que ela peça ao invés de simplesmente oferecer o guarda-chuva e receber um sorriso. Sua namorada está sem roupa de frio e você veste sua blusa na frente dela e diz "vamos?", fazendo com que ela fique irritada perguntando se está falando sério e se o braço cairia se emprestasse à ela a blusa, quando podia simplesmente ter emprestado por livre e espontânea vontade.
Sem contar versus com um lado só, o da amizade, que faltava e talvez nem passasse pela cabeça do garoto.


Basicamente se importar e preocupar com Renata, vê-la com um problema e tentar ajudar de verdade, não com um "tudo vai ficar bem", dar conselho, deixá-la chorar em seu ombro. Cuidar do que é seu, qualquer um pode tentar cuidar ao negar isso, principalmente quando ela está doente e com ressaca ao mesmo tempo, dar café a ela, eno guaraná, cobri-la ao ter frio, abraçar e fazer carinho na barriga. Para alguns, isso é muito?

Faltava importância, preocupação e equilíbrio de quem movia montanhas. Era um relacionamento de uma pessoa só. Renata se dava conta que inventou nele alguém que não existira. Queria descobrir os defeitos do garoto, para ver se conseguiria aceitar e lidar com elas. Mas não precisava ser uma bomba atômica explodindo nela, todos os defeitos jogados em uma noite, em uma hora, era muito para processar sem chorar, se desesperar e ficar nervosa. Febre de quase quarenta graus grau, um quase desmaio e cara de choro. Assim que se encontrou com seus amigos antes da melhor festa, resto de noite e madrugada da sua vida, para salvá-la dos efeitos colaterais da bomba atômica.

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8 comentário(s)

  1. Bomba atômica mesmo, nossa. Mas a verdade é que a vida está repleta de pessoas assim. Relacionamentos unilaterais são realmente insustentáveis, são como um castelo de cartas.

    Adorei o texto.

    semprovas.blogspot.com

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    1. E o pior é que tentamos sustentar o relacionamento sozinhos, até que uma hora cansamos e nos damos conta que não existe relacionamento de uma pessoa só

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  2. antes de tudo "Renata se dava conta que inventou nele alguém que não existirá" é existira tá? E segundo, EIKE SAUDADE DA ÉPOCA QUE MEUS POSTS ERAM ASSIM TAMBEM. E vou te dizer uma coisa que eu esqueci de dizer aquele dia, PELO AMOR DE DEUS, pára de falar pra eu não te julgar, já cansei de falar que eu sou quem menos tem moral pra te julgar ok:
    E não precisa se desesperar mesmo, as respostas que realmente importam vem com o tempo! (;

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    1. Chaaaata, eu escrevi pelo celular, ele colocou existirá. Ah, de vez em quando meus posts são assim mana, bem rarinho mesmo viu? E ah, esse negócio de julgar é que as pessoa julgam tanto o tempo todo que a gente fica com medinho. Mas sei que com você posso contar. Com o tempo tudo aparece por mais que a gente esconda

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  3. Aí você falou.

    Amar é ser feliz por ver feliz quem se ama. Não são precisos muitos nocautes para se aprender essa lição, casais que dão certos são os formados por pessoas que se admiram de verdade e só querem fazer parte um da vida do outro.

    Ok, isso ficou um pouco Dr. Antônio Roberto.

    Interessante o texto, um jeito gostoso de passar uma ingrata lição.

    A. José

    www.conteiro.wordpress.com

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    1. Concordo plenamente com você. Amar é algo lindo, ser feliz por ver feliz quem se ama. E que lição ingrata!

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  4. Texto forte e realista.. e o Almeida complementou com uma lição de vida !!!

    Infelizmente, quando o amor é egóico, quando o parceiro só pensa em si, não tem como ser feliz.

    É importante perceber isso, e não se privar de ser feliz, estando com alguém que de fato não pensa em união, mas apenas em sí próprio.

    Seus textos estão cada vez melhores Dani... crônicas do dia-a-dia com um toque de acidez... parece Tim Burton :-)

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