Amar é uma droga. A droga mais viciante e cativante de todas. Samanta era claramente viciada e assumida como tal, não precisava de drogados anônimos ou coisa assim, porque nem anônima era e aquela droga, era uma droga diferente, tão difícil de largar. Tivera uma overdose tão dolorosa, já tivera antes no passado, em que o coma durou muito mais tempo, mas o sofrimento... Ah, nem se compara. Aquela overdose, agora, era diferente, o coma durara dois meses, sem contar a depressão pré e pós overdose. Logo, tentou várias técnicas para melhorar, pensou estar bem.
Quando menos esperava, o pior aconteceu... O válvula de escape para essa droga, o motivo, ressurgiu. Ah, merda! Tudo estava dando tão certo sem ele. E os sintomas da doce abstinência começaram a aparecer, sua mente pensar, pensar e imaginar. Imaginar cenas, o passado delicioso com aquela droga em seus lábios, passando em seu sangue e lhe deixando mais quente e feliz. O seu coração pulsando mais e mais rápido, o sorriso aberto que há muito tempo não mostrava a ninguém, parecia sentir que realmente tinha um coração. As sensações que lhe deixavam ansiosa, suando quente, suando frio. Ah, como desejava aquela droga...