Pulando um capítulo.

By Dani G. - segunda-feira, março 03, 2014

Aquele capítulo da sua vida estava na metade, inacabado, achava que iria continuar, mas na metade parou. Parou sem ponto final, sem vírgula, talvez houvesse reticências, mas tais imaginárias, na sua doce mente iludida. Luxúria. Perigoso. Proibido. Dor. Sofrimento. Talvez se o capítulo continuasse aparecesse esses quesitos, que foram apagados com fogo, queimaduras no papel... Um pouco delas machucaram o corpo e mente da pobre Melina, com algumas queimaduras de terceiro grau. Um novo capítulo estava para começar, mas ao olhar para si mesma, sabia que estava trancada ao inacabado capítulo anterior. Os personagens se mantiveram, quer dizer, alguns... Os vilões foram descartados. Ela só não entendia porque não fora descartada também, era a maior vilã, monstra, rainha má, ou seja como queira chamar, da história. O anjo, o herói sempre se mantia, e como tal, com suas qualidades inigualáveis. 
No capítulo anterior Melina não se amava, não era feliz consigo mesma, e tomou 5 comprimidos para tentar um coma, que falhou. Ouviu o telefone tocar e acordou. Argh, que droga. Ninguém a merecia respirando, nem ela mesma. Se sentia mal pelas coisas vilanescas que fazia toda vez que tinha a chance de respirar e estar viva, ou seja, o todo o tempo. Não dava valor a vida, e as coisas boas que ela a trazia. O anjo fazia uma surpresa que ela estragou sendo uma vilã. Como um anjo e demônio ficam juntos? O próprio demônio acreditava ser um anjo algumas vezes.. Doce ilusão. Era o anjo no telefone. Capítulo confuso, e fim. Parou? Mas já? É, meu leitor, avisei que era curto e de repente fim. O fim podia retratar a morte, a morte de um sentimento, a morte de um ser, de uma mente, da paz, do amor, da felicidade. Ou talvez um ressureição, mas não era acostumada de mulher capítulo sem um ponto final, virgulas ou afins, não era acostumada a mudar de capítulo e sorrir. Teria que tentar trazer forças inexistentes.

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