No seu toque, a certeza da conexão. 

  Na distância, a incerteza do que será e se será.

  Um sonho foi vivido enquanto o mundo se cai lá fora. Eles não queriam olhar pela janela e enxergar o mundo desabar. Só queriam olhar para seus corpos, sorrisos e suor.

  Não queriam sentir a dor e ardor da realidade. Apenas queriam sentir o toque que ao mesmo tempo que arrepia, acalma. Os lábios e língua que percorrem por todo corpo, do início ao fim. O quente de dentro pra fora, de fora pra dentro. O explorar o outro.

  Não queriam ouvir os choros, a raiva, a revolta que habitava naquele mundo. Estavam presos aquele som glamouroso e hipnotizante que saía de suas bocas e demonstravam o mais alto nível de prazer. Som que estremecia o corpo, a cama, a casa, a alma.

  Envolvidos em si, envolvidos no outro, envolvidos apenas naquele momento. Entregues. Existia apenas eles e o prazer de se conhecer e entrar no outro da maneira mais profunda e deliciosa. Estavam dentro de uma redoma de luz dourada, quente, brilhante. De transcender.

Em meio ao caos, ainda é possível transcender e se aprofundar com alguém e em alguém. Entrar na alma, entrar no corpo.

  Pequenos respiros de prazer em meio ao caos, nada mal para o libriano mais escorpiano que vá conhecer.