Paraíso em mãos, não mais.

By Dani G. - terça-feira, março 08, 2011

Eu já tive um pedaço do céu. Mas não era qualquer pedaço. Era o pedaço. O qual não aparecia nuvens, e se aparecessem, eram brancas e fofinhas como algodão, só para dizer um "Olá!". Era o mais azul de todos, um tom de azul único e sereno. O único pedaço que aparecia a parte mais deslumabrante do arco-íris, a cada pingo de chuva. Os raios de sol faziam reflexo naquele azul tão intenso, que parecia sorrir.
Naquele espaço, havia guardas para que nada pudesse estragar algo tão bonito e valorizado. Não entravam nuvens cinzas, pois elas causavam tempestade e destruição por suas frustações. Um dia, uma nuvem branca estava passando por lá dar um "Olá!" como todas. Mas quando já estava lá dentro, ficou com raiva. Raiva pelo ser meu e não dela.
E sabe o que acontece quando uma nuvem branca fica com raiva? Ela fica cinza, e cria tempestades. E foi isso que ela fez, destruiu tudo que havia de mais bonito. Se não fosse dela, de mais ninguém seria. Nisso, perdi meu pedaço do céu. A nuvem foi banida. E o pedaço mais deslumbrante e maravilhoso, nunca mais foi o mesmo. Nenhum arco-íris nunca mais passou por lá. E ele raramente ficava azul. Ele ficou neutro, a ponto de parecer não existir.
Todos ficaram sentidos. Como poderiam fazê-lo voltar a ser o que era antes?

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2 comentário(s)

  1. Uma coisinha bobas, as vezes até insignificantes, podem desmoronar tantas coisas, não é mesmo? Depois fica super complicados colocá-las no lugar novamente, as vezes isso nem é possível ): Texto simples e original, gostei *O*

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  2. Depois da tempestade vem a calmaria, mas tem horas que essa tempestade parece não parar.

    Gostei, se expressou muito bem!

    Beijos

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