(Des)Amor.

By Dani G. - quinta-feira, janeiro 30, 2014

Esquizofrênica. Surtada. Psicótica. Louca. Agia sem pensar. Não tinha conserto. Todos a aceitavam no primeiro momento com o seu jeito doce e tímido. Passo a passo iam julgando e pegando ferramentas para o conserto. O julgamento era tão duro e severo que metade dos problemas que acreditava ter, as pessoas impuseram a ela. Apontaram o dedo dizendo que era louca, surtada, tinha problemas psicológicos sérios, que precisava de ajuda.
É a catástrofe da sociedade, Stéh aceitava todos com seus defeitos perfeitos. Afinal, não sabia suas histórias, traumas, abusos, machucados, medos. Tudo tem efeito neles. Mas por que o contrário não acontecia? As pessoas olhavam com descaso e julgamento, como se fossem perfeitas, robôs... Todos sabiam que não, escondiam seus piores podres dentro de si.
Ela tinha um rapaz que amava muito, mas às vezes acreditava não ser o bastante. O amar por amar é tão lindo, mas tão difícil de vir para uma realidade, ainda mais contemporânea como esta. Ele, tinha os mesmos "problemas", ou um tanto quanto Stéh, ele era o normal, ela a anormal. Achava bom, cativante e até inspirador ele se achar normal, de fato ele era, todos somos, mas por quê ele era e ela... Não? Renato parecia respirar hipocrisia, toneladas e toneladas que não há ciência que explique como não morrera sufocado ainda. Não era oxigênio, nem 0,01%, era hipocrisia pura, da pior qualidade, se é que tem boa qualidade, não é? Um amor daquele machucava mais do que qualquer pedrada e julgamento da sociedade.
Tic tac tic tac... O tempo corre. Até quando?

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