Você tem medo da palavra, eu entendo. Parece que quando sai da nossa boca, fica mais concreto, mais sério e essa seriedade requer muita responsabilidade. Mas convenhamos, nas atitudes, nos gestos, no dia a dia e até em outras palavras e nas entrelinhas essa palavra tão amedrontadora já está em prática há muito tempo.
O medo de ser impulsivo, os traumas por trás da sua pessoa e suas histórias andam de mãos dadas contigo a cada passo. Responsável, até demais. Confuso, mas poderia ser um pouco menos. O seu medo é compreensível, mas já me sinto grata e especial de ter tido a abertura para entrar na sua vida em meio a tantos espinhos.
Te observo, e cada vez que observo te entendo um pouco mais. Pra que a palavra se já está tão óbvio? Pra que rótulo se o presente está sendo de fato um presente? Pra que insegurança, se a segurança do hoje já é o suficiente? Não temos controle de nada, então por que vivemos tanto no futuro, no e se, num mundo cheio de histórias e planos, se perdendo nesse mundo, quando é tão mais gostoso se perder no aqui e no agora, entre eu e você?
Eu tô aqui pra dizer que isso é amor, e só você não vê.
É só chegar um pouco perto, que qualquer um percebe o que há entre eu e você.