Em meio a solitude se abraçou em si mesma.
Dormi. Abraçada ao meu travesseiro. Queria um abraço qualquer. De qualquer pessoa, só queria um abraço.
Me senti acolhida em palavras em meio ao caos e em certa distância. Porém, senti distância. Tão acostumada a sofrer calada, seu "nao" me doeu e eu apenas não disse nada. Eu que queria tanto a solitude, nesse dia a solidão me doeu.
Eu que era tanta razão, cautela e paciência só queria saber de emoção. Sentir. Não parava de senrir, do mais profundo âmago do meu ser. E como uma criança desprotegida e amendrontada, só queria um colo. Um lugar quente para me aconchegar. Invés disso me esquentei com meus próprios pés, mãos e corpo como um todo. Foi desafiador, mas não foi o primeiro nem o último que passara em sua vida.
Queria um respiro. Alguns segundos sem ser forte. Queria ser cuidada.
Sua criança interna foi friamente ferida e machucada.
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