Carta para mim mesma.
Garota, toda vez que se sentir menos, se sentir incapaz ou qualquer coisa negativa, se lembre com toda sua força do que te digo: Você é potência. Você é força. Você é amor próprio e garra. Confiança. Destemida e determinada. Se tá com medo, vai com medo mesmo.
Olha para trás, olha para o seu processo, toda merda que já passou, superou, venceu e tá aqui, firme e forte, brilhante. Você além de uma vencedora, é uma sobrevivente. Sobreviveu a tenta violência, tanta dor e mágoa. Se lembre da dor que os homens já lhe causaram. O quanto já se paralisou e se encontrou no fundo do poço. Dor física. Dor psicológica. Dor da alma.
Você viveu cinco anos de sua vida lhe foram arrancados. Viveu a vida do outro, para o outro. Achou que era amor, e pobre inocente se afogou num rio cheio de dor. Aguentou gritos em meio a eu te amos, suportou ofensas dentro de “é só um brincadeira, você não tem senso de humor”, chorou calada enquanto tremia ao ver acessos de raiva e socos na parede. Confundiu cuidado com amor ao ser controlada pelo outro. O outro controlara o seu dinheiro, a sua forma de andar, agir, sorrir e ser. Controlara com quem anda, fala e o que fala e como fala.
Se via presa num beco sem saída, num poço sem fundo, num labirinto confuso. Como se libertar? Como se libertou? Mas se libertou...Respira, garota! Você é potência, e que potência!
Pensa no hoje, no que conquistou, com sua garra, com seu suor. Não foi nem um pouco fácil chegar até aqui, mas chegou.
Hoje esbanja de amor e do melhor amor do mundo, o amor próprio. Conquistou sua liberdade, sua independência, a sua casa. Recuperou sua confiança, sua leveza e seu brilho.
Eu sei que não gosta de usar a palavra gratidão pois tem sido tão mal usada e banalizada, mas de coração te peço: Seja grata todos os dias. Não é qualquer mulher que sai de cabeça erguida do que você saiu. Voa alto, garota!
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