Parecia ser o que não é.

By Dani G. - sexta-feira, junho 07, 2019


Parecia amor. Parecia gratidão. Parecia uma mão estendida no fim do túnel. Parecia esperança. Parecia ajuda. Parecia genuíno. Mas só parecia...
Quem imaginaria? Era uma disfarce, estava mascarado. Foi tudo bem pensado e planejado. A troco de quê?
O amor e a gratidão foram usados para termos confiança. A mão estendida e a ajuda para não termos o que temer, nos sentirmos acolhidos e até mesmo numa família que nunca tivemos. O genuíno passava a segurança.
Por que? 
Por que mascarar esses sentimentos para depois na primeira oportunidade dar uma facada no peito tão dolorosa? Dolorosa fisicamente e emocionalmente. — Mas claro que a emocional dói muito mais.
No momento que se sente a faca penetrando no seu âmbito mais singelo e puro ao mais profundo e obscuro do coração, antes de fechar os olhos e sucumbir completamente a essa dor, escorre uma lágrima e um sussurro de lamentação quase sem voz que dizia "Eu confiei em você."
Ao que parece todos esses sentimentos e atitudes admiráveis e encantadores não passavam de um controle em massa, em sede por poder, pela ganância de estar certo, pelo prazer de ver todos agindo da maneira em que você deseja, quando e como o senhor necessita, e a vida alheia está em jogo dos teus desejos.
Que maneira suja e imunda, que limbo, que desprezível e imoral usar desses artifícios por controle. E esses artifícios aparentam ser tão reais, que os que conquistam a liberdade desse esquema sem serem punidos a mercê da própria vida, também sucumbem. Sucumbem pela culpa, pela dor, pelo o amor que acreditaram que tinham, por notarem que perderam algo que nunca existiu.
E difundia-se pelos pensamentos:

Eu confiei em você
Eu confiei
Confiei

Por quê?
A troco de quê?

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