Esse Natal foi decepcionante. Não houve promessas, mudanças, alegria. Foi usado como mais um dia do ano, sem esperança, por sinal. Menos esperança, do que em dias normais. Uma desculpa para comer à custa dos outros familiares, encontro para contar as suas vantagens em frente a família, como se uma competição, mas de quem mente mais para impressionar. Talvez o Natal tenha sido assim, pois esse ano, 2012, foi um dos mais decepcionantes, desde que me conheço por gente. Não houve fogos, houver consumismo. Papai Noel não realizou meus desejos de Natal, minhas "preces", pois só algo mágico para realizar milagres. Era como se quisesse que acabasse logo. A partir do momento em que o próximo ano chegasse, tudo ia melhorar. Dormir seis dias seguidos, piscar e num passe de mágica tudo recomeçar e tudo ser uma belo recomeço.
Logo que abriu seu guarda-chuva, machucou um alguém e quase a cegou. Ah! Como aquela garota era desastrada. Se desculpou como nunca tinha se desculpado antes. Afinal, o seu caminho para ser livre podia melhor ou continuar por ali. Mas continuou seu trajeto, sem parar pra pensar, senão ela iria começar a pensar e repensar, desistindo como inúmeras vezes. Atravessou a rua com o sinal verde e todos os motoristas a xingaram com um prazer exuberante. De onde vinha esse prazer estranho de xingar, difamar e fazer mal? E ainda mais para um desconhecido. Úrsula passou por muitas coisas como essas no seu trajeto, mas essa não era a parte mais difícil, por mais que parecesse.
Chegou ao seu primeiro destino de muitas. Começou pela parte feminina, apesar de não saber qual seria mais difícil. Foi-se então fazer as pazes com a melhor amiga dela na adolescência, aonde as coisas saíram do controle. Tudo correu bem, não houve tapas, briga e ela até a convidou para voltar. Apesar de Úrsula se assustar bastante com as reações de ambos os lados. Mas a próxima visitar era Angela Avancini, sua inimiga, por alguma razão por parecer roubar tudo ela. Na época, roubou o amor da sua vida, e isso foi doloroso. Talvez ela nem soubesse quem ela era. Nem soubesse que havia roubado algo de alguém. Mas algo devia ser solucionado, pelo menos no seu coração.
Tocou a campainha, ninguém atendeu. Tentou ligar no celular dela, ninguém atendeu. Bateu na porta, ninguém atendeu. E tentou pela última vez, aliás, vai que ela estava no banho. E nada, pois então achou que não era o que fazer e virou as costas para ir embora. Ao dar três passos em direção à porta,
Andava pessimista em questão das coisas realmente acontecerem. Das coisas mudarem de verdade e ter outra vida. Pois não aguentava mais aquela sua vida pacata. Aquelas histórias e aqueles inimigos e confusões. Pensava que se fosse para ter alguma dessas coisas, fosse num recomeço, num lugar diferente, com atitudes e vivência diferente também. Outras pessoas, outro lugar, outra vida. Parecia querer explodir. E havia muita coisa em jogo sobre sua nova vida. Ela iria mudar de forma extrema. Teria duas formas extremas, se passasse no vestibular ou não. Para ser bem sincera, não acreditava muito que iria passar, e sentia que era o acerto a pensar. Quanto mais expectativa, quanto mais acredita, mais chances de ter uma grande decepção e preferia se surpreender com o seu pessimismo
Até que a sua vida começou a mudar repentinamente naquela semana, e muitas coisas que nem ela mesma acreditava, começaram a acontecer. Aconteceram milagres, coisas improváveis, como se fosse um submundo, um mundo paralelo que muitos cogitam a respeito. Mas não foi só um milagre, foram vários, um atrás do outro. No mesmo dia, na mesma hora, na mesma semana. Acreditava em coincidências, mas dessa vez não queria acreditar. Será que tinha ido para um vida paralela enquanto dormia? Era muito improvável. Mas queria que essa improbabilidade continuasse pelo menos até o grande resultado.
É, o resultado que a fez dormir pouco, ou ficar acordada demais. E nos pequenos relances em que fechou os olhos,
"E no último dia de aula, é que você conhece as pessoas de verdade, e quem é seu amigo". E Larissa começou a pensar e filosofar por tal frase. Aquela frase era verdadeira. Em qualquer momento, em qualquer momento de último. Seja último dia de vida, última vez que vão se ver, um adeus em si. É lá que você percebe as pessoas passam a tirar as suas máscaras. Parando de ser aquelas pessoas dóceis, para todos os momentos, amigos de verdade. Os seus inimigos passavam a ser seus amigos, e vice-versa. Mas ela queria não se preocupar com coisas como essas, já que não os veria mais, ou mesmo não queria cogitar a idéia. Quem gostaria de pessoas com tantas máscaras ao seu redor? Ainda mais no momento mais sincero que sua vida sempre foi?
Sempre tem aquele estraga prazer, que cansa as pessoas. Faz com que os cabelos fiquem brancos de estresse... E pior que há pessoas que se importam demais com a amizade. Até mesmo a amizade que não existira em nenhum momento a não ser de extrema importância material. Importância de favores. Como a frase "Amizade, amizade, negócios a parte". Porém, era tudo junto e misturado. Queria entender porque as pessoas que nunca cogitava ter a máscara de mau e de inimigo, foram pra ela, os melhores naqueles últimos dias, e os que não, foram os piores.
Passou o dia todo com sono, mas por alguma razão não conseguia dormir. Talvez porque não podia nem pensar em pensar. Fechar os olhos iria somente trazer tudo aquilo e muito mais pra desabar. Logo, tinha o dever de achar coisas para preencher esse vazio e pensamentos. Parecia ter aquele problema de ansiedade, como chama? Ah, hiperatividade.
Foi se deitar as dezesseis, e nada, as dezoito e nada. Desistiu e foi preencher o vazio. Agora estava escrevendo um texto em plena nove da noite, sendo que foi deitar as oito. Queria entender, Porque perseguia, porque se importava, se sentia mal e ate atraída com algumas palavras e atitudes, se sentia presa. Depois de quase quatro anos. Chegava a ser cínica e dizer que nunca mais pensou sobre, nunca amou e não se importa. Mente pra si para esquecer e lembrar das coisas ruins, mas era como se não existisse.
Porque antes de dormir, tinha que ter insônia justo por causa do mesmo fanstasma? Ah, aquilo cansava... Cansada de se desabar pelo texto e finalmente fechou os olhos e dormiu.
Um período, um momento prolongado, uma fase — talvez — inesquecível, era o fim. Ela se mostrava bem com aquela situação e ansiosa para o fim da fase. Porém, por incrível que pareça, quanto mais chegava perto, à cada dia que se passasse, Amanda se sentia estranha. Antes ria dos que sentiam assim em relação à fase. O que ela não compreendia era que ele estavam apenas se preparando para dizer "adeus" mais cedo.
Estava ansiosa, em questão de resultados, o medo de receber o pior "não" da sua vida e a pior rejeição também. Ou o milagre do "sim" e aceitação. O que a deixava numa corda bamba, já que sempre foi pessimista. Dessa vez queria tanto acreditar no milagre, mas ao mesmo tempo tinha certeza que não ia acontecer.
Não gostava de esperar para se planejar, havia medo do que podia acontecer. Finalmente a responsabilidade com muitas incertezas. A única certeza era que no próximo ano poderá ser uma "adulta de verdade", ser presa e todas as coisas de quando se faz dezoito anos. Tão esperado e tão assustador ao mesmo tempo. Assustador principalmente por suas expectativas poderem falhar.
Pois é Renato, tenho uma notícia ruim para você. Essa pergunta piorou, junto com sociedade. De "Que país é esse?" foi para "Que mundo é esse?". Que mundo é esse em que...
O certo é errado, e o errado é o certo? Que mulheres sem valor passam a ser valorizadas de alguma maneira, e as com um real valor não? As crianças tendo crianças? Crianças agindo como adultos, ou pelo menos tentando? Adultos agindo como crianças? Faculdade e escola é brincadeira? Sexo é tudo? E amor, ah, amor é nada, amor é ruim? Os padrões serem apreciados e as diferenças ignoradas? Intrigas e falta de respeito em alta? Cópias e mais cópias e falta de personalidade são um grande sucesso? Mentiras e "cachorragem" mais em alta ainda? Há mais e mais futilidades, e que realmente são fator importante?
Que mundo é esse onde tudo está de cabeça pra baixo? Há falta de valorização de si e dos outros? Onde o futuro mudou para algo precário? Algo mais para um retrocesso? Ações imprudentes e infantis? Às vezes simplesmente de existir não é? Para um lugar onde isso não existe. Que mundo é esse Afinal?
Estava cansada e aborrecida. Era como se todos os dias não significassem nada. Os seus pseudo-amigos pareciam mais como um zero à esquerda, não demonstrando o que a amizade significa. Cansada de falsidade, hipocrisia, olhar pela janela do seu quarto e lhe dar tédio. Com o dia bonito? Nada a insinuava felicidade ou desejo.
Ouviu falar várias vezes na sua vida, que só se tem felicidade quando joga fora tudo que lhe fez e ainda faz mal. E aí que ela queria esquecer certas partes da sua vida para, enfim, ter paz. Por mais que pudesse parecer errado, Sara, queria esquecer seu passado. Ela sabia que o correto era superá-lo, independente do que aconteceu, Porém, por mais antigo que fosse, as lembranças e esse passado, os fantasmas continuavam à perseguir, e assustar também. E mesmo que os guardasse em um baú, eles sempre davam um jeito de reaparecer.
Os fantasmas apareciam em músicas, filmes, maneiras de falar, fotos, lugares, perfumes, roupas, presentes. Coisas que Sara faria de tudo para esquecer, sem contar no próprio fantasma encarnado. Queria que fosse igual ao filme "Brilho eterno de uma mente sem lembrança.", onde houvesse uma máquina para fazê-la esquecer das pessoas, momentos, músicas, para então, simplesmente recomeçar sua vida, como uma, com orgulho de ser vivida cada momento.
Não era mais uma doce e inocente criança. Estava mais perto da fase adulta, à um passo. Porém, como o Natal estava tão perto, e suas esperanças estavam a flor da pele, voltou a acreditar em papai Noel. E então lhe escreveu uma cartinha, com a mesma inocência que aconteça de uma criança:
Querido papai Noel,
Primeiro, queria me desculpar por ter te esquecido por tanto tempo, pra ser sincera, parei de acreditar no senhor. Mas de repente veio uma luz de esperança em mim e aqui estou de novo.
Te peço com muito carinho no coração, paz. Paz entre povos, família, todo o tipo de paz. Queria sinceridade nos meus relacionamentos, ou pseudo relacionamentos. Que as pessoas começassem a usar o coração. Ah, isso seria tão bom. Agir com ele. Aceitaria me machucar, se a pessoa tivesse certeza pelo coração. Eu sei que são coisas muito difíceis, baseadas em sentimentos, mas eu sei que seu poder é forte. Senti sua falta papai Noel.
, Marcela.
Assistia séries que tinham todo a essência artística dentro dela. E tinha aquela fissura por arte que seus olhos começavam a brilhar mais e mais. Seu coração bater muito rápido. E sua mente explodir de tantas idéias em relação ao conceito arte. Gostava de museus. De música, e tentava explorar essa parte tão grande da arte, cada vez ficando mais focada num ponto da música. Dança, ó como aquilo a fascinava, de um tempo pra cá, mais do que o normal, pois teve uma breve presença direta com a dança, era uma junção de passos com música. Adorava teatro, já fez 3 anos de teatro - apesar de ser na escola. E a moda e desenho, que é algo que acha até desnecessário por seu amor maior.
E todo esse consumo excessivo da arte, fez com que suas escolhas ou até mesmo subconsciente se focassem em coisas do gênero. Era diferente,
Não eram um casal, não mais. Foram num passado breve. Desde o dia em que se conheceram parecia que se conheciam há anos. Ela tinha medo de se apaixonar, medo de sentir qualquer sensações que viesse da paixão, como ciúmes, carência. Por mais que tivesse escondia no lugar mais profundo do seu coração. Ele também tinha, mas ela tirava todos os medos do seu doce coração. Dizia que ela era diferente de todas as garotas e no dia do seu aniversário se declarou para ela. Ela ficou sem reação.
Para ser um casal romântico, demorou cerca de seis meses. Antes disso já se tratavam como namorados sem perceber, pelo menos pelo lado dele. Com ciúmes e satisfações que de certa maneira a irritava. Pois lembrava que ela tinha esses mesmos sentimentos escondidos dentro dela. Não haviam beijos e nem atos de um namoro em si. Somente abraços, apoios e muitas brigas. Sim, naquele momento de amizade já tinha brigas.
E quando realmente viraram um casal, eram encontros a noite após o seu trabalho. Ele a esperando do lado do metrô com uma flor... E acham que é um rosa?
Arthur observava detalhe por detalhe ao vê-la pelo espelho. Ela jogando a toalha no chão e colocando a calcinha semi-fio dental roxa, com rendas. E lá, se observando no mesmo espelho em que Arthur a observava. Só de calcinha, com seus seios lindos. Logo, põe o sutiã e hmm... Os realça mais ainda. E paralisa assim, para terminar de se maquiar, empina o bumbum para pegar as coisas que estão no alto da estante. E quando está quase terminando, algo cai e e ela se agacha para pegar, ficando como se fosse engatinhar. Hm, Arthur precisava se controlar.
Então os panos começaram a cobrir aquele corpo maravilhoso, um calça jeans colorida, rosa claro; Uma regata bem decotada, deixando aparecer um pouco do sutiã, era branca com um desenho de um dente de sabre — com os dentes bem a mostra — preto e branco. Colocou seu salto alto preto, que fez com que tudo ficasse mais empinado a mostra. Fez um coque para dar forma ao cabelo, e então andou até sala.
— Demorei? — Rachel perguntou, com um sorriso de lado. Mas Arthur
Mas o vício da sua mente não era controlável, abria o baú das lembranças e começava... Uma por uma, horas e horas com elas em sua cabeça, cada detalhe, cada carinho. Ah! Como aquilo a fazia mal, fazia com que quisesse se viciar.
Um, dois, três. Respira, dizia pra si mesma em sua mente. Achava que sumir iria ser, afinal, a melhor solução. Não ter porque lembrar, ter coisas para substituir. Porém achava vício maior querer chorar por causa de coisas perdidas, fez questão de secar esse choro. Afinal, estava ótima e a caminho de ficar limpa. Depois de três anos. Muito tempo para ser curado em pouco.
Começou a ler livros que eram só para a grande prova do vestibular. Porém, antes disso, já estava ligada aos livros mais do que o normal. Digo, o normal de hoje, porque havia o normal de anos atrás que era livro atrás de livro. Devoradora de livros nata. Mas essa ideologia foi se apagando na mente dela. O que era errado, pois ela começou até que num tempo bom, na sétima série. E agora, estava com os pés entre uma linha escola e faculdade.
Algo despertou esse instinto de Victoria. Não sabia se era a mudança repentina dela. Ou de se sentir mais e mais inteligente ao ler cada palavra e cada parágrafo. Talvez seja porque agora tinha tempo. Tinha listas e listas de livros pra ler. Começava em um e terminava no outro, literalmente, pois parava na metade de um para começar o outro. Tanto que está cheia de livros pela metade em sua casa. Seu irmão também tinha esse instinto, porém, só o descobriu quando entrou na faculdade.
Ela roubava os livros do irmão, os lia pela metade e devolvia. Os que mais a interessava, deixava na sua estante. Como muitas que agora já fazem parte dela. Se sentia adulta, inteligente e tantas coisas mais. Parecia ser a vida lhe dando um empurrão. Ah, como as palavras escritas lhe faziam bem. Era inspiração para as coisas que ama. Era arte. Como a arte de escrever, de desenhar, é, desenhar com palavras, e desenhar com traços e todas as artes possíveis.
Algo despertou esse instinto de Victoria. Não sabia se era a mudança repentina dela. Ou de se sentir mais e mais inteligente ao ler cada palavra e cada parágrafo. Talvez seja porque agora tinha tempo. Tinha listas e listas de livros pra ler. Começava em um e terminava no outro, literalmente, pois parava na metade de um para começar o outro. Tanto que está cheia de livros pela metade em sua casa. Seu irmão também tinha esse instinto, porém, só o descobriu quando entrou na faculdade.
Ela roubava os livros do irmão, os lia pela metade e devolvia. Os que mais a interessava, deixava na sua estante. Como muitas que agora já fazem parte dela. Se sentia adulta, inteligente e tantas coisas mais. Parecia ser a vida lhe dando um empurrão. Ah, como as palavras escritas lhe faziam bem. Era inspiração para as coisas que ama. Era arte. Como a arte de escrever, de desenhar, é, desenhar com palavras, e desenhar com traços e todas as artes possíveis.
Se perdia e achava a cada minuto e a cada segundo da sua vida. Achando que a vida fosse longa o suficiente pra perder tempo fazendo isso. Via uma coisa que a agradava, e logo se achava. Mas era só ver uma pedra no caminho, por mais pequena que fosse, que já se perdia novamente. Não achava digno de luta e nada mais, simplesmente desistia. E jogava toda sua raiva e perdição nas pessoas que a mais amavam. Fazia planejamentos por uma vida inteira e na ultima hora, jogava tudo no lixo. Era a vida de Milena.
Tinha potencial para tudo, como todos. Aliás, tinha mais chances. Era bonita, inteligente, criativa e tinha condições para bancar seus sonhos. O grande problema era que não acreditava em nada disso, não acreditava na sua própria beleza e vivia xingando e tendo vergonha de seu corpo. E sua inteligencia, fazia questão de compará-la com a de qualquer um que tinha se esforçado mais. Ela não se esforçava. Se fazia de vítima, o tempo todo. E nem tente falar sobre a sua riqueza perto dela, porque vai repetir mais e mais vezes que não tem condições e está cheia de problemas. Sem olhar ao redor. Afinal, que tipo de problema era esse com casa grande, escola paga, faculdade paga, ser mimada, ter comida na mesa, banho, onde dormir, ter uma boa saúde, roupa e seus pais ainda darem coisas materiais como presente? Como um carro?
Mudou sua vida, seus planos, em exatos 30 segundos do segundo tempo. Afinal, nunca era tarde pra mudar e recomeçar do zero, não é? Quase adulta e ainda uma criança. Tomou decisões para quando a criança já não existisse para os olhos do sociedade, apesar de ainda estar ali. Antes, seus planos eram o trabalho, trabalho e trabalho. Deixou sua vida de lado, seja a diversão ou os estudos. Para trabalhar para pagar sua faculdade. Mas será que era essa faculdade que ela queria? A paga? Que com esforço algum passa? Que o dinheiro comanda o conhecimento? Muitas perguntas vieram em sua cabeça. Inclusive sobre a escravidão que passava naquele trabalho.
Então deixou seu emprego, deixou aquele amor antigo. Jogou no lixo as coisas que não iriam faze-la crescer, apesar de que num período de tempo, fez. Decisões adultas foram tomadas, e enxergava como o mundo adulto era realmente difícil. Tinha que ser forte na pressão. Apesar de
E mais uma vez, ela se arrependeu de acreditar demais, não ouvir suas amigas. Porém não deixou chegar ao ponto drástico como da ultima vez que errou. Mas entristecera demais. Era a ultima vez. Terceira e ultima. Afinal, "três é demais", não é assim que falam? Cansou, precisava se renovar. E pensava bom o ano estar acabando e tudo renovar. Pessoas novas, amores novos. Parar de revirar o passado.
Ouvia indiretas de um lado e de outra, se fingia de idiota. Mas só fingia. Ele dizia de outras, e ela só queria ele, abriu mão por ele. De novo. Mas isso havia acabado. Ele reclamava de garota por garota. Cada uma dizia algo sobre ele. Quase reclamava na cara de Melina. E ela só pensava "Porque tens tantas?". Ah, queria parar de perder tempo com baboseiras como amores passados, e até mesmo com presentes. Precisava renovar.
Fazia tempo que não escrevia em seu blog. Que lia seus livros favoritos e suas séries também. Desenhar então? Chegava a dar uma dor no coração por não ter tempo nem criatividade pra isso. Costurar não estava mais em seu dicionário. Era uma sobrecarga de coisas que deseja fazer mas não tinha como. Dormia pouco, muito pouco. Seis horas por dia pra quem estava acostumada a oito. Seus sentidos e sentimentos se confundiam dentro de si. Era estranho, era divertido. Dormia tão pouco, que as vezes não conseguir distinguir sonho de realidade. Algo bom acontecia, ou fora do padrão, e ela se perguntava se era realidade ou era um sonho. As vezes era muito bom saber que aconteceu, mas confundir coisas tão boas com mera imaginação? E quando era realmente sonho queria fazer de tudo pra virar realidade, pois se no sonho foi tão radiante, porque não?
E porque tudo isso? O que a fazia dormir menos, a inspiração a deixar de lado mais?
Gabriela pensava o que seria da hipocrisia. A hipocrisia amorosa. Os "eu te amos" usados como "Bom dia!", "oi". A mesma que trazem milhares de discussões seja via internet ou pessoalmente. E essa discussão não fica só por aí, fica mais grave ainda, dizendo sobre "amor verdadeiro". Verdadeiro o bastante até onde? O que é verdadeiro? O que é pra sempre?
Ela se revoltava. Se sentia mal por quebrar um coração, pois era sensível e doce demais para fazer uma maldade dessas. Maldade que já foi feita várias vezes com ela. E de repente a culpa dela, o sentimento de ter trazido dor e perdido um amigo se transforma em revolta.
Revolta por ter sido idiota o suficiente parar se importar com próximo, ser doce e sensível e querer amizade. E o próximo ser hipócrita, causar discussões e no dia seguinte, já estava amando outra. E isso se repetiria em ciclos. Até o próximo que se diz romântico, aprender o que é amor de verdade.
Ela se revoltava. Se sentia mal por quebrar um coração, pois era sensível e doce demais para fazer uma maldade dessas. Maldade que já foi feita várias vezes com ela. E de repente a culpa dela, o sentimento de ter trazido dor e perdido um amigo se transforma em revolta.
Revolta por ter sido idiota o suficiente parar se importar com próximo, ser doce e sensível e querer amizade. E o próximo ser hipócrita, causar discussões e no dia seguinte, já estava amando outra. E isso se repetiria em ciclos. Até o próximo que se diz romântico, aprender o que é amor de verdade.
Ninguém concordava. Ninguém aceitava. Era o seu maior sonho que um dia já foi realizado, porém foi embora de seus braços. Podia estar triste, estressada, ou com qualquer sentimento ruim. Fechava os olhos, e o via em sua mente. Fechava mais uma vez e via momentos. E sua mente ficava impregnada dele. Era uma maldição, uma maldição boa... Ou não? A reconfortava de alguma maneira. Podia ser uma maneira certa ou errada, não se sabia. Em sua mente sempre era certo, por mais errado que pudesse parecer. Era mais que gostar, que amar, desejar. As vezes se revoltada com tanta explosão de sentimentos, quer dizer, implosão de sentimentos.
Via uma pessoa na rua, parava, paralisava, encarava. Seu coração parava por alguns segundos. E de repente, só era uma visão, uma alucinação. Não era ele. Mas e se fosse? Ah, aquilo estava a deixando tão louca. Tudo a fazia lembrar dele, de alguma maneira. Músicas, ah, músicas, principalmente. Era ligada com musica, e ligada à ele. Ah, como essas duas coisas tão importantes se juntavam e a perseguiam dia após dia. Não dizia que pensava nele 24 horas por dia, porque não tinha todo esse tempo livre para pensar. Era muito ocupada. Mas agradecia nesse quesito de ser ocupada. Pois não iria enlouquecer de vez. Se já se sente a louca com algumas horas por dia para penar freneticamente nele, imagina em 24? Pois é.
No dia de sua chegada, seu vizinhos da frente já vieram ajudá-la com as coisas. Os dois irmãos Brian e Arthur. Eles foram vizinhos exemplares, até ajudaram a montar os móveis. Arthur ficou pouco, devia ter compromisso ou algo assim. Bom, já Brian, ficou altas horas conversando com ela. Só voltou para casa no fim de tarde, pois agora ele tinha compromisso. E ela foi tomar um belo banho quente.
Enquanto isso, na casa da família Harrison — a casa dos vizinhos — Brian sai correndo pra dizer ao seu irmão o quão interessante Rachel era, para ele ir lá agora! Para conhecê-la melhor, pois valia muito a pena. E lá se foi ele. Tocou a campainha da casa de Rachel. E esperou. Ela estava no banho, saiu correndo e se enrolou na toalha, e então, abriu a porta. O que foi uma visão dos Deuses para Arthur.
Rachel com seus cabelos loiros e coloridos molhados solto. A água passando pelo seu corpo. Aquelas pernas, aqueles seios apertados pela toalha, e uma toalha tão curta. Era sexy. Muito. Transbordava sensualidade. E o objetivo dela, não era esse. Era abrir a porta o mais rápido possível.
— Éêer... Me desculpe, Rachel, éêer... Eu não queria te incomodar. Estou indo embora.
— Não, pode ficar. Não se acanhe, só vou trocar de roupa. — Ela foi pro banheiro, se trocar, e ao tirar a toalha Arthur não tirava os olhos do espelho. Era inevitável.
Rachel Saint, sendo outro ela, afinal, os anos passaram e a mudança vinha com ele. Aqueles cabelos longos por qual ela sempre foi conhecida, passou a ser inexistente. Agora seu cabelo era descolorido, corte bem curto mesmo — meio masculino — , bagunçado, com somente alguns fios longos, que tais, eram coloridos com cerca de três cores. O óculos permanecia, porém, num estilo geek, um rayban aviador de grau. Com os olhos carregados de delineador, sendo preto ou colorido e boca vermelha quase que a maior parte do tempo. Suas roupas estavam a níveis a sua altura, de estilo. Sempre de saltos ou sapatilhas, por causa do seu emprego em lojas reconhecidas. Com sua bolsa e sua pasta de portfólio por onde andava, por causa da sua faculdade de moda.
Estava de mudanças, da casa dos pais para morar quase-sozinha — Quase, pois sua amiga Mercedes iria dividir a casa casa com ela, meses depois. — Era férias, para sua sorte. Pois não precisará de tanta pressa quanto a mudança. O caminhão de mudança estava chegando na nova casa. E os vizinhos já perceberam que havia gente nova no pedaço. Para Rachel, havia familiaridade com alguns.
Seus pais sempre lhe dão exemplos. E sempre permanecem tentando dar exemplos bons, mesmo não sendo eles mesmos. Mas nunca pararam pra pensar, como um exemplos ruim, ensina mais, choca mis a ponto do seu filho pensar "Eu nunca quero ser assim"
Como se deixasse seu filho preso por alguns dias, numa casa com exemplos ruins. Vendo alguém lavando louça de qualquer jeito, e essa louça ser a que irá comer; Quarto desarrumado; falta de escovar o dente, e as consequências; A maneira errada que possam fazer as coisas certas.
Sem contar, exemplos futuros, paternos. Observando outros pais e descobrindo como não fazer. Pais que ficam sentados assistindo TV e deixam uma pilha — igual dos desenhos animados — de louça, para seus filhos lavarem. Pedem para que seus filhos limpem a casa inteira, talvez para não ter que pagar uma empregada? Sem contar, nos falsos-super protetores. Pois se preocupam no quesito diversão, não poder sair, dormir na casa de amigo e etc. Mas não se preocupam com saúde, não levam os filhos no médico. E quando chega de um temporal, encharcado de água, não dão bronca, e chama para conversar ao invés de dizer "Corre pro banho, troca essa roupa" "seu nariz tá ruim, vamos fazer inalação" "Sua garganta tá ruim, vamos no médico".
1° dia. Seja a amiga mais legal por algumas horas doa dia, porém, quando chegar a hora de dormir, seja irritante, como se estivesse de tpm.
2° dia. Durma até as quatro horas da tarde, acordando de meia em meia hora, brava e irritada, gritando "acorda!" "Já disse para acordar" cheio de palavrão e grunhidos.
3° dia. Se estresse com a sua irmã novas, por razões idiotas e no final, fique brava com sua amiga por ficar amiga e do lado da sua irmã, descontando sua raiva.
4° dia. Compre miojo pra comer, tendo 10 reais. Chegando em casa, sua mãe comprou lanches de verdade. Prefira o miojo.
5° dia. Pegue o celular da sua amiga emprestado toda hora, por causa da internet, porque sua mãe pegou o seu modem. Mas quando sua mãe devolver, e sua amiga não ter como usar o celular, não deixe ela tocar/chegar perto do seu notebook.
6° dia. Mande. Não peça. Tudo o que for pedir ou agradecer. Não diga obrigada ou por favor. Só ordene.
7° dia. Quando sua amiga estiver com sono e quase dormindo, fique brava com ela e acordando-a toda hora.
8° dia. Quando sua amiga estiver com fome, não comam. Pois o horário de fome é aquele em que você está com fome.
9° dia. Faça com que sua amiga limpe a casa, junto com você, Limpe portas, janela, banheiro e etc, quando ela é a visita.
10° dia. Ultimo, porém, não menos importante. Pela internet, converse com o ex dela que ainda é apaixonada. Como se vocês dois fossem melhores amigos.
2° dia. Durma até as quatro horas da tarde, acordando de meia em meia hora, brava e irritada, gritando "acorda!" "Já disse para acordar" cheio de palavrão e grunhidos.
3° dia. Se estresse com a sua irmã novas, por razões idiotas e no final, fique brava com sua amiga por ficar amiga e do lado da sua irmã, descontando sua raiva.
4° dia. Compre miojo pra comer, tendo 10 reais. Chegando em casa, sua mãe comprou lanches de verdade. Prefira o miojo.
5° dia. Pegue o celular da sua amiga emprestado toda hora, por causa da internet, porque sua mãe pegou o seu modem. Mas quando sua mãe devolver, e sua amiga não ter como usar o celular, não deixe ela tocar/chegar perto do seu notebook.
6° dia. Mande. Não peça. Tudo o que for pedir ou agradecer. Não diga obrigada ou por favor. Só ordene.
7° dia. Quando sua amiga estiver com sono e quase dormindo, fique brava com ela e acordando-a toda hora.
8° dia. Quando sua amiga estiver com fome, não comam. Pois o horário de fome é aquele em que você está com fome.
9° dia. Faça com que sua amiga limpe a casa, junto com você, Limpe portas, janela, banheiro e etc, quando ela é a visita.
10° dia. Ultimo, porém, não menos importante. Pela internet, converse com o ex dela que ainda é apaixonada. Como se vocês dois fossem melhores amigos.
Força garota! Porque choras? Você é feita de confiança, arte e inteligência. Não deixe com que essas coisas te afastem dos seus sonhos. Você é tão focada, tão diferente. Qual o seu medo? De não ter todo o dinheiro do mundo pra concluir seus sonhos? Sua garra, sua luta e seu suor vão substituí-los para você. Não comprará seus sonhos, irá fazer com que se tornem realidade.
Todos tem essa crise pré-faculdade não é? Mas não era preciso se desesperar, querer se jogar pela janela, não term ais vida social, e se trancar no seu quarto, sem nada, além de livros. Ela era e é especial. Sua inteligência era diferenciada. Pra quê isso? Lembra de subir no salto e não ter medo de cair?
Querido alguém,
sempre vivi só de beleza, e continuo vivendo. Em mim, é mais importante estar com a barriga perfeita, o corpo de causar inveja, meu cabelo sedoso igual ao dos comerciais de televisão. Nos homens — ao qual penso muito — têm que ser sarado, sem nenhum vestígio de barriga, pelo e ser submisso. Odeio gordura, e a falta dela. Tem que ser sarado.
O conteúdo? Bom, o meu, está em falta — a não ser que seja para dizer de coisas fúteis — , mas arranjei uma tática, pois percebi que até os homens que me agradam, gostam de conteúdo. Agora sou uma pseudo-culta e pseudo-crítica. Vejo uma reportagem de algo que eles poderiam se interessar e
Maldita data! Mercedes Não a odiava por estar solteira ou algo do gênero. O fato era que, ela passava a virar a nostalgia ambulante. lembranças, das mais recentes, até as mais antigas. Os amores são coisas marcantes e cada um tem seu ponto de marca. Alguns, filmes, outros, lugares e por aí vai. Porém, todos os pensamentos pareciam fogos de artifícios em sua mente. Pensamento no que fez de errado, poderia ter feito e hipóteses do que poderia acontecer. Mas só se esquecia de um pequeno detalhe: Já passou! E se quisesse que voltasse, teria que viver no presente. Tarefa difícil para ela, pois, ou vivia no passado ou futuro. E o lugar aonde menos permanecia, era no presente.
Aquele beijo carinhoso; as brincadeiras de amigos/crianças felizes; os elogios nos melhores e piores momentos; primeiro beijo; pegada de tirar o fôlego; beijo na chuva; desabafo e mais desabafos; momentos de perigo; momentos de descobrimento; ciúmes besta; jantas e almoços românticos; dramas familiares; horas e oras enrolando no poto de ônibus para ir embora; a primeira vez que dormiram juntos; matar o mosquito com a raquete elétrica; risadas e risadas piadas conquistadores; timidez; ir no cinema pra não prestar atenção no filme; passar a madrugada numa festa; O beijo com rodopio romântico, perto da sua casa; O ganho da aliança; buquê de flores; chocolate; o melhor presente de dia dos namorados; retornos em sua vida; confiança; perdão; eventos juntos; respeito; brigas idiotas; brigas sérias; reconciliações. E tantos momentos, que são demais para caber num texto. Não sabia se sorria ou se chorava, depois de relembrá-los. Sorria, por saber a chance e sorte de viver esses momentos, ou chorar por ter acabado e não voltar mais. Era confuso. A data fazia isso com ela.
A inteligência era tanta que só vivia de razão. As emoções faltavam naquele pobre coração. Pra quê diabos valia um cérebro maior que o normal, se lhe faltava o amor e amizade? Aquela inteligência tão rara, e razão tão exuberante poderia entender o que se passa numa pessoa ao cair uma lágrima pelo seu rosto? E a sensibilidade, ele possuía? Bem provável que não, por fazer parte do coração.
Confiança, ele tinha, só por ser o mais inteligente da turma, o melhor em debates e argumentos racionais. Era confiante por sua inteligência. Agora, vamos falar um pouco da confiança sentimental, ele a tinha? Chegava perto de uma garota, percebia que estava sentindo algo no coração. Logo, relutava, não e não, ele não queria aquilo. Iria destruir seu conhecimento, sim, o sentimento faria isso. E traria medo, do novo,
Sua vida já era confusa e difícil, dentro de casa conseguia ser pior. A única pessoa com mente aberta e questionamentos sobre tudo, enquanto o resto achava tudo errado e imoral, robôs dos padrões da sociedade, fanáticos por religião, puritanos, preconceito com tudo, dizendo não tê-los com falácias no lugar de argumentos. E ela? Não podia dizer uma palavra, fazer um questionamento sequer. Não tinha ninguém para conversar sobre os questionamentos, as farsas, os preconceitos, a cultura e pensar sobre isso.
Enquanto as pessoas cresciam e fechavam mais e mais sua cabeça/mente, Izabelle abria mais, explorava vários assuntos — até aqueles que não lhe interessavam tanto, para entender de tudo um pouco — Aprendendo a respeita as escolhas que só afetam a pessoa do próprio ato, sem achar errado ou imoral. Sem hipocrisia e falácias. Sendo que nem tinha atingido a maioridade, tinha apenas dezessete anos.
Queria tanto fazer questionamentos sem ter intriga, que a conversa fluísse como um debate, sem precisar ter um certo ou errado, mas com argumentos e conhecimentos reais. Homossexual não é aberração, tatuado não é maloqueiro — quem dança street dance e anda de skate muito menos — , rockeiro não é ladrão/ drogado porque usa preto, uma pessoa não pode ser julgada porque tem piercing, cabelo colorido ou qualquer diferença. Ninguém tem que sofrer por ser diferente, e sim receber palmas.
Quem tem mente aberta pode fazer a diferença no mundo. Essas são as pessoas que o governo mais teme. Como no livro 1984, existe a polícia do pensamento.
Confusa, pra variar. Aquela nostalgia chata estava a seguindo e dando dor de cabeça. Saudade de pessoas, de momentos, de algo. Sempre havia uma chave para lembrá-la dessas saudades. Externamente usava o psicológico para ajudá-la a transformar tudo aquilo no País das Maravilhas, porém, por dentro estava sendo corroída, NÃO! Ela não queria aquilo. A felicidade parecia reinar há um tempo atrás.
Tinha que arranjar alguma coisa pra fazer que não a fizesse pensar tanto, parecendo um máquina do tempo. Pois nada iria voltar. O País das Maravilhas era bom, exceto por não ser real. Ela prendia tudo de sentimento nostálgico num baú, que por sinal, estava empoeirado. Mas ele voltou a se balançar, fazer barulho, chamar atenção, pois queria sair de lá.
Os fantasmas do passado queriam visitar seu psicológico e coração. Não seria de passagem, e sim para ficar. Mas ela já estava num clima de mudança, pensava ela. Porém, foi mais física que qualquer coisa. Iria se esquecer das coisas mais marcantes? Não, mas não podia viver do que já passou, moimentos muito melhores aparecerão. As lágrimas serão guardadas para bons motivos, para o dia que precisar chorar... De alegria
Ele surgiu na sua frente. Repentinamente. Os olhos dela brilharam e o coração estava começando a bater mais forte. Havia cortado o cabelo, ele percebeu e elogiou. Com o elogio, Alice ficou travada, tremendo por dentro e com o coração saindo pela boca. Paralisada... Por dentro. Achava que tinha esquecido, deixado de lado, mas porque quase não o via e falava com ele. Tudo de antes voltou a passar por sua mente. Ah, cada milésimo de segundo olhando para seus olhos e sorriso. Aquele dia sem paciência dela, virou um dia melhor, mais bonito. O dia já estava ensolarado, mas antes disso, não sentia tanto o sol. Mas porque raios agora, e só com ele?
Sabe aquela vontade de ir embora? Foi embora. Ao se surpreender, como mágica. Stephanie estava sem vontade alguma, com dores, de cabeça, de cansaço e da doença. Vai e voltar, toda hora. Nos melhores momentos vai e piores volta. BOOM! Felipe aparece na sua frente, sentiu sua falta e todo blablablá. Alice está com o cabelo feio, cara de cansada e tudo que poderia dar vergonha a ela. Seu coração bateu mais forte e mais rápido. Ok, não tanto quanto antes, mas havia o sentimento enterrado.
Para quê remédio, se tinha essa mágica? Sua voz estava falhando, voltou, repentinamente. O cansaço, foi embora... Quer dizer parte dele. Tudo bem que Felipe era um remédio imprevisível e sumido. E sempre haviam drogas por aí, querendo o substituir. Mal sabem elas, que ninguém iria conseguir substituir o seu remédio, por mais que ficasse longe.
Parecia que uma luz de inspiração havia tomado parte do seu corpo.Colocou uma música dançante para tocar e se sentir livre em seus sentimentos e criatividade. Dançava olhando sua "performance" pelo espelho,como se estivesse numa festa. Logo depois, rodava e dançava com leveza no meio do quarto, imaginando estar num campo/piquenique. Piscava de novo, estava num lugar diferente, mais bonito. A imaginação fértil estava de volta. E repentinamente a inspiração também.
Será que as coisas mudariam? As positividades que tinham aparecido davam orgulho, inspiração e mais vontade de vencer. Seu objetivo era mostrar como os contos de fadas existem, os sonhos podem virar realidade e ter a felicidade interior por isso. Era amor, por sonho, arte, inspiração e imaginação. Seu coração batia como se estivesse apaixonada. Era tão bom estar no país das maravilhas de novo.
Quase um adulto convicto, quase dezoito anos nas costas. Alguns achariam que teria ao menos uma maturidade média. Pois bem, engano de todos que pensaram. Tratava os sentimentos como brincadeira. Imaturidade chegava a transbordar. Alice tinha uma qualidade-defeito ser simpática, se importar com o próximo, na frente de si mesma. E mesmo sendo difícil continuava no salto, madura.
Implorar para que alguém te ame. Achar que amor não é feito de amizade e deixá-la de lado. Tentar conquistar pelo interesse. Grudar e não desgrudar. Ter ciúmes, posse, obsessão sem ao menos ter um relacionamento, a não ser em seus sonhos. Parar e voltar de falar com seu "amor". Não conseguir compreendê-la, entender seus problemas e dizer que conhece. Fazer joguinhos infantis achando que conquista. Esse era o insuportável ex-amigo apaixonadinho - se que é um algum dia foi amigo - de Alice.
Raiva. Rancor. Tristeza. Indignação. Tremedeira de nervosismo. Presa num cubo, aonde estava tudo isso junto. Choro e desespero principalmente. Achava o cúmulo, uma falta de respeito com si mesmo e as pessoas envolvidas, aquilo que estava acontecendo. Que tipo de pessoa, com 4 décadas de vivência pensava como uma pré-adolescente, com sonhos reais e irreais? Achando que tudo seria como ele queria? Tudo se resolvendo como mágica? As coisas não eram mais assim, e nunca deviam ser.
Dois filhos quase adultos pra criar, que da infância até hoje, só tiveram a importância para a mãe e avó. Elas moviam barreiras, muros, e as coisas mais difíceis para o bem daquelas duas criaturas com tanto pra viver, que não mereciam tanto sofrimento. Pai? Só na hora de fazer as crianças. Porque pai que é pai, é aquele que cria, tá presente, ama — mostrando, não dizendo eu te amo, porque dizer eu te amo, qualquer um consegue — , move barreiras, trabalha duro, quer saber o que acontece, confia e pode ser confiável. Não é para ser assustador, ter a imagem de um monstro na mente deles. Era pra fazer parte da família.
Encontros e desencontros. — mais desencontros — Encontros rápidos, que não deixavam de fazer seu coração bater rápido e sua imaginação delirar. Só pelo fato de chamá-la cumprimentá-la ou sentir sua falta, é uma bomba de alegria. E nos raros momentos que os encontros duravam algum tempo mais que esperado, seus olhos passavam a brilhar mais, mais e mais! Não sabia explicar como aquele doce garoto a tocou.
Não era apenas um sorriso encantador, olhos cativantes e toda a parte física... Tratava de personalidade, caráter, diferença. Tratava da simpatia, se sentir mal pelas pessoas, ser inteligente, ter cultura — não só musical — sabendo entrar numa discussão, gostar de esportes ser engraçado. E não só as qualidades, os "defeitos" — com aspas porque para ela eram defeitos bons, defeitos-qualidades. — como ser tímido, reservado, não ter assunto na maioria das vezes. Mas era algo tão normal para ela.
Porque ela ficava tão radiante com um despedida diferente, um chamado um cumprimento, com a saudade dele? Com sms seja de ajuda, de "oi", ou de uma simples conversa? Porque guardava essas sms para ler a qualquer momento e sorria naturalmente? Porque nos momentos que mais estava brava com ele por algum motivo, ele a surpreendia, fazia algo fofo se importava, sentia saudade, se arrependia? Ela queria acreditar que era uma ligação entre os dois.
Acordava faltando dez minutos para seis da manhã, se arrumava, colocava o uniforme e saía de casa com os fones de ouvido. Ao sair, fecha os dois portões e no segundo dá um pulo conforme a música. Segue uma ladeira pra chegar ao ponto de ônibus. Passa pelo ponto de táxi e diz "Bom dia!" como de costume, e passa o caminho cantando até que alguém a olhe estranho. Passa por um carro e olha como está pelo vidro. Ao passa por uma árvore arranca uma folha, amassa e joga no chão. E as 6:25 está no ponto de ônibus.
Já dentro do ônibus, fica na parte da frente, antes da catraca, até seu ponto chegar. Os três primeiros pontos ela permanece em pé, depois, há lugar disponível. Aproveitava para pensar na vida ao ouvir suas músicas pelo fone, era uma viagem profunda. Mas isso na metade do trajeto, a outra metade lia — Vitória era uma garota intelectual também — seu livro "pensante" e revolucionário "1984" .— havia muita política e história, e apesar de não gostar no livro de não gostar, no livro, gostava — Sabia que seu ponto estava chegando quando passava pelo ponto que a parede era preta. — até pensava que se pintassem de outra cor, se perderia completamente — Enfim chega ao seu destino.
Chegando no ponto ainda precisa andar algumas quadras até o colégio. Volta a colocar os fones para se animar. Passa por um lugar que não sabe ao certo que tipo de local comercial é, — porém sua janela é enorme — aonde nos vidros, passar a ver se está apresentável. Dependendo do grau de importância, às vezes passa a ver em alguns carros. Passa os quarteirões e só falta atravessar a rua. Era aonde tinha o sinal mais demorado, e ficava lá esperando o sinal vermelho, mesmo com oportunidades para atravessar a rua. Atravessa, e chega no colégio.
Passou a semana sem escrever, desenhar, disposição, vontade de se mover. Já não bastava a pressão típica de 3º colegial, havia a de semana de provas, que qualquer erro parecia ser destrutivo. Sim, ela estava exigindo demais de si mesma. Mais do que aguentaria.
Estudava pelos cadernos e computador. Em volta havia bagunça, roupa jogada, livros espalhados pelo chão, canecas sujas de café, embalagem de chocolate, prato com resto de sanduíche, bolas de papel jogadas e acumuladas por toda parte. Dores de cabeça, olheiras, sem tempo de se cuidar e se pressionando mais ainda. Parecia uma máquina.
Cansada de ter que ser uma máquina, tentava voltar ao mundo criativo, havia um bloqueio. Para o mundo os estudos, havia um bloqueio. Era tedioso. Houve uma prova que tirou suas esperanças e forças, com questões só de vestibular — a prova de física — e não soube, se desesperou e teve vontade de chorar.
Começou pelo mais difícil de todos. Ignorar sua paixão. Pois é, muita atenção e importância sufoca; Além de machucar e iludir. O seu — não tão novo — lema era "foda-se", simples assim. Ele não a cumprimentou? A cumprimentou? Passou reto? Conversou? Se importou? Bom, não importava, pois a resposta era a mesma: "foda-se". Precisa de um pouco de gelo para esquentar seus sentimentos naturalmente... Ou não né? Nunca se sabe!
O próximo passo, foi ignorar aquilo/aqueles que te faziam mal. Invejosos, interesseiros, falsas amizades. Afinal, se conseguiu ignorar sua paixão, porque não conseguiria ignorar esse tipo de pessoas? Obviamente, parecia mais fácil. Porém, algumas falsas amizades até alguns segundos atrás foram — Ou pelo menos pareceram ser — verdadeiras e importantes. Ignorar era difícil e não ignorar seria também, por causa do orgulho que há dentro de si. Nesse quesito, o orgulho ajudou... a ignorar.
Dois passos feitos com sucesso, um pouco de dificuldade, mas feito. Tudo havia mudado. Gabriella pensou que desde estes passos ficaria solitária e isolada, e viriam guerras e complôs contra ela. Foi completamente o inverso. Novos amigos se aproximaram,
Porque eu tenho a melhor idéia do mundo na aula de Álgebra? Seja de texto, de desenho, roupa, ou uma simples idéia para mudar o mundo! Quando não há uma folha para anotar, ou não é o momento para se mover e tentar procurar. Quando estou deitada à minha cama quase dormindo e bate aqueles pensamentos, auqela inspiração. Mas aquele não é o momentos, muito menos lugar certo!
Porque penso numa resposta para uma discussão que já passou, no banho? Penso na vida e tenho meus momentos mais filosóficos nele? E mais relaxante também? O importante no momento errado? A criatividade/filosofia querendo sacanear?
Estava no fundo do poço. A sua inspiração. Desenhos? Textos? Nada. Seus sentimentos pareciam ter congelado para arte. O ultimo texto feito, não era merecedor para ser publicado. Havia escrito baboseiras desnecessárias. Agora, estava tudo no lixo. Bolinhas e mais bolinhas de papel de um típica artista frustada. Havia raiva e frustração à cada vez que as jogava no lixo. Seu foco foi ignorado. Queria algo novo, esplêndido, inspirador, algo Britânico! Talvez que a lembrasse do seu sonhos tão doce de profissão e moradia
— Londres. Não conseguia surpreender, ser clichê, nada.
Se sentia enchendo linhas e mais linhas automaticamente, com palavras aleatórias — Ou isso. Seu raciocínio se perdia. Tinha vontade de chorar, se descabelar. Quando havia concentração e foco, com o simples barulho do vento se perdia completamente, Adeus foco e raciocínio! As palavras que nem ao menos de sua boca saíam, e em poucos segundos saíam da sua cabeça. Era deprimente, trazia ira, porás do seu perfeccionismo. Sentia como se fosse uma falsa arte, uma enganação, a piro arte da sua vida. Onde estava aquele raio de luz, ou aquela xícara de café com marca de batom que traziam inspiração e imaginação fértil?
Respirava fundo, seu estomago embrulhava. Seu perfeccionismo atacava. Suas lágrimas estavam dentro de si, mais e mais profundas. A queria de volta. Sua inspiração constante. Era a nova analfabeta da arte. Sem assinar o próprio nome de maneira estilosa e única como antes.
Ao fechar os olhos está no seu mundo lúdico, ao qual suas expectativas viram realidade, só há alegria, não há nenhum vestígio de timidez, fofocas e discussões. A primeira imagem a ser vista são doces, vários tipos de doces, dos mais gostosos aos coloridos, flutuando, em volta de sua cabeça e entre as nuvens. Num campo esverdeado, bem cuidado, com nenhum vestígio de desmatamento ou poluição. Havia cores alegre naquele cenário, que transbordavam mais alegria. Um lugar tão bom de viver. De tal maneira que não se queira abrir os olhos jamais. Tal que começa a acreditar que aquele mundo existe.
Infelizmente, tem que abrir seus olhos, e por maior parte do tempo. E no primeiro momento, ao sair do seu mundo lúdico e correto, as lágrimas escorrem pelo seu rosto, por mais que ela tenta segurar. E a raiva resolve pegá-la de surpresa, enfrentando a felicidade. Passa pelas árvores, arranca suas folhas com rancor, rasgando-as e as jogando no chão, como se fossem lixo. Andava em marchas, um dois, um dois e fechava os olhos por muito tempo quero seu mundo lúdico de volta. A raiva subia pelas suas costas a arrepiando, indo então até a cabeça, e a deixando relativamente louca. A tristeza e raiva queriam a consumir, era esse o objetivo.
Seu único outro mundo, era a música. Ah! A música... Que a partir do momento que colocava seus fones de ouvido, nada mais importava. O sentimento daquela música a consumia, a encorajava. Tinha coragem de enfrentar, de ser quem devia ser, ficar de cabeça erguida e vencer todas as lutas sempre. E mais ainda pra dizer "foda-se" para o mundo.
Não fazia muito tempo. Porém, aquilo já a torturava... Dia após dia. Ao vê-lo com aqueles olhos brilhantes e hipnotizantes, sorriso contagiante e sedutor e com sua maneira simpática de ser, arrepiava dos pés a cabeça, seu coração acelerava freneticamente. Tinha que respirar fundo, principalmente quando ele dizia "oi", suas bochechas queriam rosar, seus olhos brilharem mais que de costume, seu sorriso florescer de maneira mais feliz, sincera e apaixonante que possa imaginar.
Sonhava acordada todos os dias à caminho da escola, e antes de dormir. Poderia muito bem tentar fazer com que 1/4 dos seus sonhos acontecesse. Porém a timidez não deixava com que ela fizesse tal. Não suportava o fato de estar apaixonada por ele. Era uma tortura pelo seu lado, não conseguia se sociabilizar com ele direito, se apaixonava mais a cada dia, e não sabia se havia conhecimento e/ou reciprocidade do lado dele.
Sabrina se revoltou. Era a melhor aluna e a mais esforçada. Alguns só a perseguiam, e o pior era sua sensibilidade como sempre. Haviam muitas coisas juntas, não queria chorar pela segunda vez na semana, e agora dando o "gostinho" da vitórias ao professor que queria se o "todo poderoso". Daria gostinho gostinho aos invejosos que queriam seu mal. É, aqueles que riram quando o professor chamou a atenção da melhor aluna.
Chorou. Porém, discretamente. Não desabafou, mas desabou sozinha. Talvez fosse só a sensibilidade, mas tinha um pouco de perfeccionismo e metas de vida. Talvez a "rixa" também viesse da origem escolar do professor, nada legal para Sabrina.
Estava gostando de se machucar naquele dia, pois no dia anterior muito e se magoou mais ainda. As pessoas deviam no mínimo ter noção do que suas palavras e/ou atitudes faziam pras pessoas. Exercer sua profissão com orgulho, e não com autoridade.
Ela não gostava de adaptações. Já deixou coisas que amava por conta disso. "Ei senhor professor, dormir na sua aula pode? Mandar SMS e mexer no celular, pode? Ouvir música também? Mas falar uma única palavra é proibido? Pouco hipócrita!
Larissa não se sentia a rainha do baile com a coroa em cima de um palco com todos aplaudindo a ultima bolacha do pacote, ou afins para tanta inveja ao seu redor transbordando. Afinal, ela não era tão bela como elas. Muita menos tão desinibida, se é que se pode chamar assim a maneira de não ter vergonha de nada daquelas meninas. Porém, parava para pensar e percebeu, que nela, havia algo diferente, havia conteúdo. Não era só mais uma bela e fútil menina como elas... O que as amedrontava demais. Até porque Larissa era simpática, inteligente, com bom gosto musical e sociável com os garotos.
Como a inveja é um sentimento ruim! Trazendo a mentira e a espalhando — a maldita fofoca. Tudo por uma pseudo-competição que Larissa nem estava participando, a estavam atacando de todas as maneiras infantis possíveis. Ela era superior. Não chorava por ser inferior, ou se deixar ser. Mas sim por ser muito sensível - e tiravam proveito disso.
— Os acontecimentos "recentes" a sensibilizavam mais ainda, não ajudando nessa luta; Ela realmente achava ter razão, agora mais do que nunca, preferir a amizade masculina
Muita pressão e não pressão. Ria, porém queria. Giovanna estava adorando se sentir amada daquela maneira, mas será seria quela velha história novamente? Reflexos opostos. Haviam muitos, porém um havia dúvida. E isso que a deixava mais animada de um certo ponto, pois amava desafios. Se desafiava de propósito para ver sua capacidade força de vontade, e até onde iria por algo que queria. Chegava a ser loucura, mas para uma pessoa fora dos padrões — Cujo muitos chamariam de louca — igual a ela, suas loucura eram normalidades.
Ria melhorava sua auto-estima com si mesma. E daqueles trinta e um desejos de ano novo, mais da metade parecia ter se realizado. Porém ela acreditava muito na sorte, e se quebrou por inteira junto com seus pobres sentimentos. Agora trata como zero a esquerda. Mas uma coisa é certa, iria lutar pelo seu objetivo/desafio com garra, com discrição, e de maneira diferente das que já havia tentado ao longo dos anos.A partir daquela doce e alegre sexta-feira sentiu que o mundo havia girado novamente, voltando ao seu luigar. E que a partir de agora, tudo mudaria, tudo mudou.
Abriu um sorriso e um olhar mais sorridente depois daquele dia!
Só falava e escrevia de sentimos como amor e paixão, e confusão.Agora iria ser diferente, e tratar do assunto "sentimentos" de outra maneira, tal que nunca havia expressado, seja por fala ou por escrita. Mas afinal, qual seria seria o problema de falar de sentimento carnal? "Os puritanos que saiam do meu caminho" — Pensava Maria Eduarda.
Naquele dia havia saído para lazer — como compras — e no caminho passou por lugares nostálgicos, que não só lembraram sentimentos carnais, como os puros também. Tudo parecia começar em relação a esse assunto. Nas compras, achou lingeries pretas — sua cor favorita — Não resistiu. Teve que comprar. Logo, mais e mais pensamentos em sua cabeça.
Mesmo nome, David. Emma se sentia presa, perseguida, porém feliz e agradecida, por ser/estar tão querida. A pressão soava como "Ou esse David ou o outro.". E todos sabiam que ela abominava esse tipo de coisa. Sim, adorava se apaixonar, a criatividade e inspiração que aquele sentimento tão intenso a passava. Ficava mais profunda, mais meiga —Sim, mais ainda, mais transbordante.
Mas, não era desse jeito que devia funcionar, há tempos, poderia até cogitar a idéia como foi com Diego e James, que seus textos publicados na internet e alguns guardados secretamente mostram a essência do amor que sentia, e de si mesma. Até hoje, lendo dá para sentir! Seus conceitos mudaram. Mudou com medo. Mas ela segue em frente com seu conceito, mesmo com aquele imenso frio na barriga e coração palpitante.
Houve tempos em que o medo a consumiu, e nada fez.
Todo aquele receio, toda aquela confusão, simplesmente se foi à meia noite, no primeiro segundo dos seus dezessete anos. Houveram algumas surpresas, choros de emoção e logicamente, nostalgia, Marrie que o diga não é? Mas ela poderia dizer com o maior orgulho, que nesses primeiros segundos e o resto das 24 horas foram sorriso puro. Como nunca havia sido antes. Pelo os amigos principalmente, porque a distância, só os deixam mais próximo. Como a sua irmã de consideração que está na Irlanda, sua melhor amiga no interior, e seu grande amigo de infância no interior também. Os que fizeram a diferença, os que se esforçaram pra fazê-la sorrir. A irmã de consideração foi a primeira a lhe dar parabéns, Marrie ficou até palavras, pois só haviam lágrimas. Sua melhor amiga está no interior, sempre esteve ao seu lado, e naquele momento também. Seu grande amigo de infância, viajou para vê-la e para participar de sua comemoração de aniversário.
A comemoração... Ah, a comemoração. Foi num lugar simples, com poucas pessoas e nenhum programa de especial, como cinema ou algo assim. Era Marrie e seus amigos, fosse andando pelo shopping, rindo, conversando e até mesmo matando a saudade. Haviam amigos lá, ao qual ela não via há anos. Era estranho pensar naquilo como um presente, porque haviam elementos do passado. Ela e seus amigos andaram pelas lojas, pela livraria, conversavam e riam o tempo todo com uma alegria exuberante. Houve um amigo que realmente possa ter passado um pingo de mágoa, mas chegou a ser irrelevante perto de tanta alegria. Alguns chegavam mais cedo, iam embora mais tarde, outros chegavam mais tarde e iam embora mais cedo, e todas a junções que possam imaginar. Fizeram loucuras como os velhos e atuais tempo. Seu amigo, como um segundo melhor amigo, vamos dizer assim, estava para se atrasar a ponto de não chegar, chegou de surpresa e seu sorriso foi de orelha a orelha. Estava gripada, nariz machucado, e até passando mal, porém essas algumas horas com os seus amigos tão importantes foi como um remédio. O mais difícil foi dizer adeus à eles, e aos dezesseis anos.
"Olá, dezessete anos, espero surpresas boas, principalmente meu presente direto da Irlanda." E foi dormir para um mais novo e longo dia.
Ela se sentia mais confusa que o normal, o aniversário dela foi tecnicamente destruído — um pouco antes — o outro lado estava confuso também.
Houveram sonhos bizarros, sinônimo a outro por um toque. Parecia querer ter mais atenção, pois acontecia o que nunca acontecera antes. Por fora tentava demonstrar alegria pelo seu aniversário, mas por dentro chegava a sentir uma dor no peito. Se sentia errada — apesar de não haver motivos. A tristeza realmente tomava conta. Era trêmulo dentro de si.
Parecia uma crise de existência, talvez inferno astral. É, novamente um dia mudando tudo. Planos e "Desplanos" foram por água a baixo. Não era sério, não era prioridade. Porém era confuso. Marrie não queria estar confusa na véspera dos seus dezessete anos.
Tudo parecia dar errado, até com uma simples lapiseira, que parecia estar confusa igualmente a ela. Não queria funcionar, e se funcionasse, seria pouco.
Quem imaginaria? Nunca que aquela situação passaria em sua cabeça, nem em sonhos, nem em pesadelos - que estava mais no contexto do que aconteceu. Tudo aconteceu, em questão de pouco tempo... Não chegava nem a ser um dia. Marrie já estava confusa, e havia parecido ter desconfundido. Essa "desconfusão" trouxe consequências.
No mesmo dia machucou duas pessoas e foi machucada, achou ter desconfudido, mas se confundiu mais ainda. Sofreu mais ainda, e chorou também. Faltando oito dias para seu aniversário, e um aniversário de um ano de amizade com sua melhor amiga. Tudo parecia desabar, não tinha seu chão, sua base, sua força, seu apoio, sua consciência. Pois tudo isso se baseava numa única pessoa, sua melhor amiga. O motivo chegava a ser mais ridículo e desmerecedor, homem.
Marrie mudou o que mudaria em um ano, em 24 horas. Não era a mesma Marrie do começo de 2012, mudou princípios, prioridades, sua visão do bom e ruim. E no final agradeceu por ter chorado por horas, passado mal, de nervoso, acordado com os olhos inchados de tanto chorar e ter chorado novamente. Pois não há aquela frase "Se não aprender por bem vai aprender por mal"? Foi assim que ela passou a aprender mais lições de vida. No final tudo deu certo. Ela recomeçou sua vida, com escolhas importantes.
Quisera, queria, quis, quereria, quer e quererá ele. Foi um pretérito perfeito e imperfeito. É um presente do indicativo. Será um futuro do presente e do pretérito. Sempre a perseguiu cautelosamente, mas aquilo ficava em seu subconsciente. O certo ou o errado? Na verdade, das alternativas possíveis, nenhuma poderia ser chamada de errada. O que lhe preocupava mais ainda. Qual era o dominante e o recessivo, afinal? Cada segundo mudava. E não era assim que tinha que ser. Era muito complexo, era uma raiz negativa, tinha que distinguir o real do imaginário. O fenótipo realmente não deveria importar, por ser o exterior, e poder mudar. Lara queria se focar no genótipo. Era complicado. Era uma transformação Isovolumétrica, havia tempo, porém havia pressão.
Precisava escrever. Se expressar. Não chorar. Se alegrar. Pensar. Defender. Sentir o lápis rolar por suas mãos delicadas, riscando levemente o papel. Sentir tudo aquilo que ela queria jogar num rio poluído para se degradar fosse passado pelo papel, e sumisse. Rasgar folhas o suficiente para tirar a raiva e encher a lata de lixo. Por raiva, medo ou segredos. Medo do quê? Ah, ela só precisava escrever sem rumo. Tremia, soava, deixava os olhos fechados por mais tempo que o normal, e respirava fundo como se estivesse cansada demais. Não estava doente para todos esses sintomas. Precisava relaxar, afinal, não havia algum vulcão em erupção, nem mesmo uma tempestade por vir, seu cérebro queria enganá-la para que pensasse que havia, mas não. Normalizar os ataques de loucuras e erros de sua vida, não havia mais tempo para isso. Um, dois, três... BOOM! Não aguentou tanta coisa diferente entrando, ficando e se misturando. Pois então, explodiu em pedacinhos e milhões deles haviam espalhados pelo chão.
Tudo aquilo Consumia Melissa.
Logo, acordou. Era um sonho, mas somente a parte da explosão.
Marcela, você pensava mesmo que tudo seria mil maravilhas? Que seria fácil? Que todo dia fosse que nem o primeiro? Ah, desculpe lhe dizer amiga, mas esse tipo de "falsa aparência" não dura nem um mês! Sendo que nesse um mês as pessoas ao seu redor não lhe ajudaram bastante, não é? O preconceito rolou solto, mas ainda estava fácil, por parecer... perfeito.
Você sabia, não é? Sim, que não seria como os outros por uma pequena grande diferença, que você também estava consciente que dificultaria pelo menos cinquenta por cento a mais. Em primeiro momento parece igual, mas não é. É bom de certo lado, testa sua força e paciência... Pois amiga, terá que ser paciente e forte como nunca foi antes, para tudo ir em frente.
Aguentar brigas e discussões completamente desnecessárias, por motivos simples; Ciúmes — Por mais que ele diga e insista que não tenha; Carência — Por ser você, por ser os dois; Jogar sentimentos em você e até mesmo lhe deixar mal quando está feliz — E esta parte requer bastante força.
Não... Não! Não estou lhe dizendo para desistir. Mas estou te relembrando o que essa discussão lhe fez sentir, eu quero o seu bem. Ele ao seu lado por ser o bem ou mal, depende de você! Terá tanta coisa pela frente. De certo modo parecia uma criança — O filho e a mãe, a mãe e o filho — Não é? Pedindo desculpas milhões de vezes, e você... Dando sermão. É, mude essa maneira de tantas diferenças, agora é igual para igual! Não é assim que funciona, mas acredito que você vai fazer funcionar.
Júlia.
Jane se sentia a atriz do ano, era muito simulação, falsidade. Aquela situação e atitudes, tudo aquilo parecia mais que desagradável. Ela simplesmente ria e sorria sem nenhuma sinceridade, por algo que no fundo só trazia raiva, estava fingindo por Patrick e Amanda. Apesar de quê Patrick não merecia que mais nada fosse feito por ele. Era mais pela Amanda. Ele estava do outro lado da tela, se comunicando por vídeo com elas. Jane queria chorar, queria muito; Queria quebrar o notebook, jogando uma pedra em sua imagem o fazendo um arranhão; Estava tremendo por dentro e quase... Por fora. Ela só pensava "Como consigo? Como sou dissimulada!".
Sophie não conseguia dormir, porém dessa vez era por um bom motivo. O motivo? Alegria em excesso talvez, por vários fatores seguidos. Apoio familiar – Sua mãe, basicamente. Amizades doces e verdadeiras "revividas" pode-se dizer assim e ah, o novo ele que dois mil e doze trouxe com o novo ano. Ele era doce como mel, ela gostava, apesar de não suportar mel. Educado como ahn... A pessoa mais educada? Ah, comparações pareciam pouco... Pra ele. Ela sempre dizia "Você não existe" e ele dizia ser um conto de fadas, pois era tudo aquilo, mas no final não existia.
Jack passou a ser parte da sua felicidade. Seu coração não conseguia desacelerar e seu nome vinha à cabeça de Sophie. Diálogos improváveis, momentos improváveis também. Era diferente de tudo. Ela sempre havia fingido até ano passado ter esquecido completamente Brian, só fingido. Mas agora parecia estar se tornando realidade, graças ao Jack. Quem diria? Quem preveria? Nem o mais poderoso, ela achava.
O que estava acontecendo? Era uma amizade, não era um namoro, mas sim um romance. Soava Shakespeariano demais, era Shakespeariano. Pelo romance dito, visto e sentido pelos dois. Passavam-se pelas veias até então chegar em seus corações. Era tão intenso que Sophie estava escrevendo em seu caderno à base da luz que a televisão fazia naquele quarto não tão escuro às 01:51 da manhã. Agora sim, ela sentia poder dormir.
Deitava todas as noites em sua cama, semi-morta de sono. Fechava os olhos, e nada. Contava carneirinhos. Se revirava pela cama. Me cobria e descobria. Ligava a televisão. Desligava. Respirava fundo, absolutamente nada. Fica naquele transe de sono sem sono.
O sono a consumia, porém a insonia também. Haviam muitos pensamentos girando e girando em sua cabeça. Sentia uma tontura, queria desmaiar... De sono. Pensamentos antigos que como sempre, a assombrando no presente, mas não era algo que a deixava triste, porém era perturbador.
Estava com seu pensamento no presente, acontecimentos de tals, e aquela pessoa do presente. E de repente voilá aquele encosto do passado chegava para ficar – Ou pelo menos, tentar. Mas ninguém podia saber, pois aquilo só daria mais ênfase na certeza que seu melhor amigo Mauro, estava certo naquela discussão. Queria que esse encosto, e esse sobrenome insônia fosse também.
Rodrigo era um agente secreto, e Julia uma simples garota ( não tão) comum. Ele era tão secreto, que se conheceram por um amigo entre os dois, e só se comunicavam por cartas. Ela nunca ouviu a sua voz, pois isso podia lhe trazer complicações, ah, mas como queria ouvir sua voz. Suas doces palavras pelo papel já lhe faziam grande efeito no coração e na mente, não sabia o que esperar ao ouví-lo ou ao vê-lo, caso o visse.
Ele tentava driblar seus superiores por ela, mas a prometia que sempre iria deixá-la segura, nem que precisasse perder sua vida por ela. Tão romântico, tão engraçado, tão gentil, tão surreal para ser verdade, era exatamente o que passava pela cabeça de Julia. Chegava a pensar que era um idiota querendo fazê-la de boba com as cartas. Era profundo, era diferente. Não era só aquele cliché de proibido por idades, mas proibido por questões de vida ou morte.
Um dia houve a chance dos dois se verem finalmente, porém os superiores de Rodrigo desconfiaram, e tudo aquilo não podia ir por água abaixo. Não se conheceram, ainda. Mas ela esperava por esse momento ansiosamente. Fechando os olhos e imaginando.
Já disse sobre um triângulo amoroso, um quadrado amoroso, mas o que estava acontecendo agora era muito maior que tudo isso, haviam muitos envolvidos e muita confusão também. Apesar de tudo poder parecer horrível, ela sorria pelas partes bonitas em sua vida, Ana era até um pouco egoísta. Era um círculo de pessoas dizendo coisas com o mesmo contexto, e relacionadas uma a outra. Sem contar que dentro do círculo haviam outros casais.
Os casais podiam não estar tão apaixonados e ela sabia disso. Sabia, mas não sabia como dizer a verdade os machucando. Se enterrava mais ainda em suas mentiras, se sentia suja. Ela podia simplesmente ir ao novo e esquecer essas velharias empoeiradas que a "assombravam" com sonhos que viravam pesadelos.
Havia um que era um sonho – ou pelo menos parece, pois o pouco tempo não trazia muito conhecimento. O nome dele era Douglas, tinha os pré-requisitos para ser seu príncipe. Mas como aquelas três palavras faziam efeito no coração de Ana, e as palavras... Não eram de Douglas, até porque, era cedo demais para serem ditas por ele. As palavras vinham de Brian, e ela estava tentando não pensar em Andrew.